Eu Li: Pandemônio (Pandemonium)

Pandemônio é a continuação de Delírio, lançado por aqui pela editora Intrínseca. Li Delirium em sua versão original há quase dois anos, mas mesmo com esse longo tempo passado entre as leituras, não senti que isso foi prejudicial. Acho que a história é bem marcada e, de certa forma, os fatos principais são logo memoráveis uma vez que você retoma a leitura.

Pandemônio começa um tempinho após o final do primeiro livro (aquele final). Lena agora está trabalhando ‘infiltrada’ na sociedade e vai a reuniões de uma agencia que defende a cura como a única opção para se ter um mundo saudável. A narrativa é intercalada em capítulos que mostram o presente e o passado – esse, desde o momento em que Lena cruzou a cerca, no final de Delírio. Eu gostei mais das partes sobre o presente, mas de modo geral, ambas as partes tem sua importância no decorrer da história porque é onde conhecemos o grupo da resistência a quem Lena se une. Minha preferência se deve a dois fatos: o passado é emocionalmente mais carregado e triste, e o presente conta com a presença de um novo personagem que eu achei muito interessante.

No presente, Lena participa de reuniões na ASD, uma associação de fanáticos pessoas que querem a todo custo convencer as outras de que a cura do Deliria é a única opção. Mas isso é tudo um ‘plano’ de espionagem da resistência, para conseguir informações sobre as ações do grupo. Na ASD Lena acaba conhecendo Julian Fineman, o porta-voz do grupo jovem e também filho do representante da Associação. Julian é um personagem bem obtuso a princípio, principalmente porque temos a narrativa do ponto de vista de Lena e ela não tem muito contato com ele e Julian é de poucas palavras. Mas obviamente, acontece uma coisa que acaba aproximando os dois e é aí que vamos conhecendo um pouco mais sobre eles - e começamos a pegar deliria (hhohahohao).

Como comentei na resenha do livro anterior, vou ter que dizer que Lena está MUITO melhor neste livro. Ela deixou de ser aquela garotinha conformada e amedrontada e faz coisas realmente desafiadoras. Acho que todos os acontecimentos prévios (desde Delírio) contribuíram para esse amadurecimento da personagem. Na verdade, tudo que ela sofre nesse livro me faz ter tanta pena dela... Sério, é uma das protagonistas mais sofridas de distopia que conheço. Mas o que eu podia esperar de uma sociedade sem amor? Solidariedade é que não.
Há uma eletricidade entre nós que desintegra o espaço entre nossos corpos."
Lauren Oliver pegou um dos temas mais legais para se criar uma distopia. O surpreendente é que essa nem é uma série distópica muito valorizada - Jogos Vorazes e Divergente fazem muito mais sucesso mundo afora, mas acho que o AMOR COMO DOENÇA é a coisa mais genial que alguém poderia ter pensado. É tão trágico e plausível que sinto até emoção em pensar. Gosto muito da narrativa da autora, nem sempre é estimulante ou viciante, mas tema algo de muito sincero, algo que dá vontade de ler. Sem contar que eu fico tão impressionada com a ideia toda da sociedade considerando o amor um doença e querendo se curar dele...

Vou finalizar dizendo que não é exatamente uma de minhas séries favoritas, daquelas que aguardo ansiosamente a continuação, mas Lauren tem uma habilidade fantástica de criar finais com ganchos tão ESPETACULARES que é impossível terminar de ler esse livro (ou o anterior) sem exclamar um palavrão tamanha a sensação de ‘está tudo sendo destruído, quero-matar-essa-mulher-por-terminar-assim’. Enfim, é um sentimento paradoxo que vivo com essa série – não é deliria, mas também não é indiferença – mas não vou deixar de ler o ultimo livro da trilogia porque PRECISO saber como isso tudo vai terminar.
Você não pode me dizer o que devo sentir."
Aperta o play: Love is Easy - Mcfly :: Escolhi essa música porque, embora na situação do livro AMAR não seja NADA fácil - é proibido até - acho que a mensagem que ela passa devia ser usada!  Muito deliria pra vocês 

10 comentários:

  1. Hm, fiquei mesmo curiosa pra ler o livro, principalmente por causa daquele primeiro quote ali em cima rs Mas acho que é uma pena o aparecimento desse tal de Julian, eu até que gostava do Adam (era isso mesmo?)... Enfim, se eu tiver a oportunidade, vou conferir mesmo se a Lena ficou cresceu como personagem e se a série vale mesmo a pena :]

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    1. Haihu era Alex o outro 'infectado' rs Leia sim e ai me conte o que achou ;)

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  2. Sabe aqueles livros que você nunca leu e nem sabe o motivo? E o pior, sempre esquece que o coitadinho existe? Então, Delírio nunca me chamou atenção, apesar de eu achar a ideia do livro genial, acho que depois daquele BOOM que o livro fez na blogosfera eu simplesmente me esqueci dele, entretanto, depois dessa resenha do segundo volume eu fiquei realmente curiosa, porque eu não sei o que esperar dessa distopia, e ela parece ter todos os pré-requisitos para me conquistar. Obrigado por me lembrar dessa trilogia, Eve! Ah, e eu adoro finais bem indignativos rs'
    Beijos

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  3. Comprei esse livro assim que cheguei até nos EUA, quase dois anos atrás... Até hoje não li! Bom saber que a LEna está melhor nesse livro.
    Agora fiquei com vontade de ler logo :s

    Beijão
    Sun Rises Here

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  4. Oieeee

    nossa, querendo muito ler esse livro. Gosto muito da Lauren. Amei o blog, parabéns.


    Bjooooos

    http://www.booksonbook.blogspot.com

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  5. Adorei esse livro, na verdade já virei fã da autora RSRS Estou ansiosa para o último volume dessa trilogia.
    Obs: Adorei a música escolhida, pois amo McFly
    Bjs
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

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  6. Dei ma passadinha de olho na resenha, por que não li o primeiro livro ainda, mas tenho muita curiosidade sobre os livos... e amo as capas elas são muito lindas!!

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  7. Fiquei super curioso para ler o livro, ainda não li o primeiro da trilogia, mas vou ler o mais breve possível. A história parece bem construída e sólida, a autora foi bem experta em tratar o amor como uma doença, achei bem interessante essa ideia dela.

    Até mais!

    http://www.escrivaninhaliteraria.com

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  8. Oi Eve,
    Essa é outra série que estou louca para ler. Confesso que parte desse desejo é pelo nome da protagonista ser o mesmo da minha mãe "Lena". Fiquei bem curiosa com essa história e com o tema distópico. Sem falar que as capas são lindíssimas!
    Beijos

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