Eu Li: Tentação Sem Limites (Never Too Far)

Acho que deixei bem claro na resenha do 1º livro da trilogia série Too Far (que aqui é chamada de Sem Limites) que eu sou uma grande entusiasta dessa história. Essa série faz parte de uma outra série maior da autora, que se chama Rosemary Beach, e que no fim conta histórias sobre vários personagens que conhecemos em Paixão Sem Limites. Eu não podia deixar de conferir a versão traduzida do livro que tanto amei e reli tudo na edição lançada pela Editora Arqueiro. A resenha contém spoilers do livro anterior.

Esse livro começa algumas semanas após o término do anterior e vemos nossa querida Blaire enfrentando uma barra (pra variar!). Todos vimos como o relacionamento entre ela e Rush terminou e agora é a hora de enfrentar as consequências. Acho que não é difícil imaginar que tipo de consequência pode ter decorrido do feito final do livro e é isso que faz Blaire ter que tomar certas decisões e voltar para Rosemary. 

Blaire já aceitou que ela e Rush não poderiam mais ser um casal depois de tudo que ela descobrira sobre a família dele a toda a confusão envolvendo a mãe dela. Eu não citei na resenha anterior, mas realmente ficara muito irritada pela crise que Blaire deu após a descoberta que a fez fugir de Rush e Rosemary no 1º livro. Acho que Blaire estava sendo muito inocente, naquela ideia de que 'mãe não comete erros'. Sempre achei que ela estava exagerando em manter essa imagem de 'santa' que ela via na mãe. A questão é que eu sei que não é fácil ouvir os outros falar mal de alguém que amamos e confiamos, mas sempre penso que temos que aceitar que as pessoas não são perfeitas (nem nossas mães) e que é normal cometer alguns erros. 

Rush por outro lado, leva minha teoria de aceitação e perdão muito a sério e cada vez mais se enrola por não conseguir conciliar Blaire e a família-que-a-odeia aka Nanette. Juro, Rush comete tantos erros e volta se rastejando com a desculpa de que é a ultima vez que até EU - que acredito no melhor das pessoas e sou a favor do perdão - fico irritada pensando que esse rapaz não tem jeito! O pior é que ele faz uma besteira atrás da outra e ainda assim fica notável que ele tem boa intenção (mas vovó já dizia que o Inferno ta cheio disso) e que comete tantas burradas justamente por não querer cometê-las... Enfim! Apesar desse casal ser super trabalhado no mimimi e me irritar por viverem numa montanha russa, eu absolutamente os amo e eles tem uma química tão legal que minha vontade é apenas dar uns tapas neles para eles pararem de graça e ficarem juntos de uma vez. Sei também que alguns acham a narrativa meio pesada (não só pelos palavrões mas pelas partes de sexo e tudo mais) e eu concordo que algumas vezes parece mesmo uma novela mexicana, mas e daí? Eu adoro a carga dramática do enredo!
Eu podia não confiar a ele o meu coração, mas queria confiar o meu corpo, Mesmo que fosse só aquela vez.
#dramaMODEon
Não queria que ela pensasse que eu só queria saber de sexo. Até então, havia resumido o nosso relacionamento a isso. Queria provar que era mais.
Uhhhh. Você precisa provar muitas coisas, gato¹.
Ela não precisa que você acrescente o seu drama familiar à equação. Da próxima vez que quiser passar um tempo de intimidade familiar com a bruxa má, faça isso em outro lugar.
Ehh, you go girl #teamBethy 
Neste livro alguns outros personagens se destacam e apesar de já ter gostado deles no anterior, é nesse que outros aspectos da personalidade deles são desenvolvidos e passei a gostar ainda mais: Grant, o irmão de Rush (que também ganhou uma subserie própria e estou louca pra ler) e Woods, o amigo e patrão de Blaire, que se demostrou um verdadeiro gentleman! Aliás, o livro do Woods será o próximo a ser lançado pela Arqueiro e pra quem acompanha, recomenda-se a leitura dele antes do último livro Sem Limites. Bethy é a amiga que todas precisam e apesar de as vezes não gostar de algumas atitudes dela, acho que ela tem boas justificativas. Do mesmo modo, Nanette ganha meu rancor a cada livro que passa. Essa garota merecia ganhar medalha de ouro na categoria personagem-mais-mala-e-odiosa-dos-NAs.

E após essa minha resenha (que parece bombardear o livro, mas só faço isso porque me sinto no direito COMO FÃ de falar o que eu quiser) vou finalizar deixando o link para música perfeita para a trilha sonora dessa história:
♥ #chorando lembrando de A Usurpadora

E vocês, já conhecem a série? O que acham?

1 - Só eu ou mais alguém acha estranho quando traduzem baby para gato(a)?? Sei lá, as vezes acho que fica tão corta-clima... Uma coisa meio qualquer sabe? O pior é que baby (no sentido que vemos nesses livros) é nivel mega hard de tradução e nem sei o que acharia melhor, só não gosto de gato/gata.

Eu Li: Lições de Amor (Lessons in Love)

Todos sabem que eu acompanho essa série Girl ♡ Boy da Ali Cronin, que é lançada pelo selo Seguinte, da Cia. das Letras. Esse é o 4º livro e dessa vez, lemos tudo pelo ponto de vista da Donna.

Particularmente, nunca prestei muita atenção nessa personagem [meus favs são mesmo o Ollie, a Cass e o Jack], mas esse é o legal da série ter cada um dos amigos como foco: a gente pode conhecê-los melhor e ver com quem mais se identifica/concorda/gosta. Donna é a melhor amiga da maluca da Ash e digamos que por isso, já temos ideia de que a personalidade delas são mais afins e com isso quero dizer que elas são as mais desinibidas. O sonho dela é ser atriz, mas pra entrar numa boa faculdade, precisa de boas notas – coisa que ela não ostenta. Então, incentivada por seu pai, ela resolve ter aulas particulares para poder melhorar as notas e conseguir ser aceita em alguma universidade. Ela acaba acidentalmente, encontrando Will, um universitário que dá aulas particulares nas horas vagas. Logo no inicio ela se sente atraída por ele, mas rola toda uma insegurança, por ele ser mais velho e estar prestando um serviço a ela.
Ri com a ideia de que algum dia eu tivesse tido virtude. Independente das minhas ações, meus pensamentos já não eram puros havia anos.
O que gosto nesses livros, é que a autora consegue mostrar os personagens de uma forma bem realista. Eles são jovens e cheios de camadas (como qualquer pessoa real). Donna é muito segura para algumas coisas (como atuar) e demonstra inseguranças em outros aspectos. Na questão dos relacionamentos pessoais, ela tem muito medo de se entregar porque já passou por uma situação ruim e isso é algo que ela precisa aprender a fazer.. Ela tem pais separados e o livro também foca no relacionamento dela com o pai e a ‘madrasta’ – uma moça que ela não aceita por ser muito mais nova que o pai e por ela não gostar de ‘intromissão’ que ela representa nesse relacionamento pai-e-filha e como na maior parte do tempo só mora ela e o pai (a irmã está na faculdade), acho que ela não aceita uma pessoa extra. Esse foi um dos pontos em que não concordei com Donna, pois a achei muito infantil sobre o assunto. Fora isso, acho que a personagem vive dilemas válidos - aliás, todos são. Acho que na adolescência tudo ganha mesmo proporções maiores.
Eu era uma deficiente emocional - não suportava revelar qualquer sentimento real ou genuino. Eu era uma grande falsidade.
Donna tem um humor bem acentuado – acho que é a mais engraçada das garotas – e isso torna a leitura bem legal. O romance com Will também tem fatores interessantes e eu realmente a entendi. Existe uma reviravolta na história que é de fazer dar um gritinho. Eu fiquei bem surpresa porque de tudo que a gente imagina que pode acontecer, acontece o mais improvável!
Claro que rir muito não significa necessariamente felicidade - existe uma linha tênue entre rir histericamente e chorar com a mesma intensidade, e no passado transitei entre um estado e outro em questão de segundos - mas eu estava realmente feliz.
Gostei do livro (embora não tenha se tornado um favorito) e confesso que rolou uma mega identificação com Donna em alguns omentos da história (e eu nem gostaria de admitir isso). Admiro Ali por trabalhar tantos temas diferentes durante a série e conseguir deixar tão claro traços da personalidade de cada um dos amigos e ainda assim uni-los - eles são tão diferentes.... Esse foi o último livro das garotas e o próximo é o ‘A Garota Certa’ que é narrado pelo Ollie (eba!). Nem preciso dizer que necessito ler, ainda mais porque morro de curiosidade em saber como vai ficar resolvida a situação dele com outra personagem!

Eu Li: A Garota que Você Deixou Para Trás (The Girl You Left Behind)

Esse livro é o mais novo lançamento da Intrínseca, da autora Jojo Moyes (de quem sou fã desde que li seu primeiro livro lançado por aqui, pela mesma editora: A Última Carta de Amor). Jojo até agora não me decepcionara e obviamente, eu tinha altas expectativas em relação a essa leitura – que foram plenamente correspondidas. A Garota é um livro comovente, surpreendente e emocionante, não contrariando o que eu esperava da autora.

Começamos a leitura com uma narrativa em primeira pessoa por Sophie Lefèvre, em tempos de Primeira Guerra Mundial. Sophie vive com a irmã, o irmão e os sobrinhos num vilarejo ao norte da França, cuidando de um antigo hotel da família, enquanto o país é assolado pela guerra e ocupado por alemães. Os maridos de ambas foram mandados para lutar na guerra e elas precisam aprender a conviver com as incertezas e obstáculos que toda a situação gera. Com as tropas alemãs tomando conta de todo o território, o hotel delas acaba sendo ‘escolhido’ como restaurante oficial e Sophie e a irmã precisam se resignar e fazer banquetes para os inimigos, mesmo quando toda população local mal tem o que comer.

É um cenário bem triste por conta de todo o clima de guerra (já comentei que não gosto de ler sobre guerra porque me sinto abaladamente sensível com toda a situação). Porém, o encantador é que apesar desse plot, a autora soube moldar tão bem as situações que mesmo sendo algo que não estou habituada a ler, acaba causando enorme empatia e vontade de saber o que acontecerá. 
... tentava me lembrar de que havia um propósito nisso tudo: que a questão crucial da fé é que ela precisa ser testada.
O que mais gostei, é que apesar da presença forte da guerra, a atmosfera é bem familiar e a narrativa em primeira pessoa faz com que se sentir na pele de Sophie não seja um problema. Eu realmente consegui compreendê-la em todas as suas decisões e de certa forma, me identifiquei muito com a personalidade dela porque ela tem uma fé inabalável na natureza humana e eu sempre tento ser assim.
– Sophie, minha querida, com a sua fé, seu otimismo cego na natureza humana. - Ela meio que sorriu para mim, e foi uma coisa terrível e sinistra. – Você não tem ideia do que eles vão fazer conosco.
Na segunda parte do livro, vamos para os tempos atuais, em 2006 e conhecemos nossa protagonista Liv Halston - agora com a narrativa em terceira pessoa - uma jovem viúva que ainda não conseguiu seguir em frente, mesmo fazendo quatro anos da morte do marido. Liv mora numa Casa de Vidro no centro de Londres, que fora construída por seu marido arquiteto para eles morarem. Desde então, Liv vive fazendo trabalhos de freelancer como revisora, cuida de uma fundação em nome do marido e tem a parte dele numa firma de arquitetura.

Numa noite em que decide sair de casa para tentar espairecer, Liv acaba conhecendo Paul McCafferty, um cara interessante que a ajuda numa situação e eles acabam se envolvendo. O que Liv não imaginava é que apesar da ajuda, Paul acaba se tornando o maior problema logo quando ela acha que está se apaixonando e eles dormem juntos.
Ele tem uma cortesia inata, é o tipo de homem que abre a porta para uma mulher por instinto, não por estar fazendo um gesto cavalheiresco, mas sim porque não lhe ocorreria não abrir a porta se alguém precisasse passar por ela.
E aí você me pergunta onde as histórias se encontram e a ideia toda é tão linda e fantástica que eu estou aqui rindo e chorando enquanto escrevo esta resenha #aloka. Acontece que lá em 1916, durante a guerra, Sophie tinha em seu hotel esse quadro (que acaba ganhando o nome de A Garota que Você Deixou para Trás) que é um retrato seu, pintado por seu marido. O tal quadro desperta interesse do Kommandant responsável pela área do hotel e as circunstâncias levam a alguns acontecimentos que ficam em aberto durante grande parte da leitura. Em 2006, o mesmo quadro pertence a Sophie e ela não imagina a procedência do objeto até o dia que recebe uma notificação de uma empresa dizendo que a família Lefèvre está contestando a posse do mesmo. 
No intimo, me agrada a ideia de que a gente pode ter um quadro com força suficiente para abalar um casamento.
Existe uma lacuna de tempo em que ninguém sabe onde esteve o tal quadro e é preciso desvendar todo o passado não só sobre o quadro como também a vida de Sophie e descobrir o que acontecera para o quadro ter chegado as mãos de Liv de uma forma aparentemente inofensiva. Eu adorei que o livro tem romance e também esse clima de investigação, com tribunal, mistério e a gente passa toda a leitura se perguntando o que realmente aconteceu e como as coisas chegaram àquele ponto. Acho que Jojo trabalhou essas nuances muito bem e adorei descobrir tudo aos poucos, com a expectativa aumentando a cada virada de página, a cada descoberta.

Vou por esse livro no TOP 2014 porque ele é absolutamente LINDO! Sabe o que é terminar de ler um livro e ao mesmo tempo que sente um alivio por ter finalizado a história e descoberto sua conclusão você se sente um pouco triste porque não vai mais estar com aqueles personagens? FOI COMO FIQUEI! Eu praticamente quis recomeçar a ler o livro imediatamente (porque agora leria tudo com uma nova perspectiva, já que sabia todos os mistérios) e só não o fiz porque fiquei refletindo como escrever a resenha e relendo alguns trechos para fazer a cronologia e encaixar as descobertas. Há!
Está acostumada com isso: um desejo físico quase avassalador de se retirar, de estar sozinha nas ruas escuras, sem precisar ser absolutamente ninguém.
Vou terminar dizendo que essa resenha originalmente tinha 3 laudas, mas tive que resumir tudo para não ficar cansativo (e cortar os spoilers, pois vocês sabem que sou The Queen of), mas o importante aqui, que quero deixar registrado é que eu realmente QUERO que VOCÊ leia este livro. Se você passar por ele,  compre, se conhecer um amigo que tenha, não perca a chance e leia! Acredito que seja uma história que vá agradar a moças e moços (tem romance, tem reviravoltas, tem suspense e tem guerra!) e fiquei tão comovida (eu CHOREI) que acho que é um livro que merece sua atenção e que deve ser lido. Leia assim que puder. Estou até me sentindo generosa e pensando que talvez seja capaz de emprestar o meu, só pra que outra pessoa possa se emocionar como eu ao conhecer a história.

A parte melhor é que como eu AMEI demais esta leitura e quero mesmo que você leia, em parceria com a Editora Intrínseca, vai rolar um sorteio aqui no blog! É só seguir as opções pelo formulário abaixo e garantir muitos números para o sorteio, que será realizado no começo do próximo mês.