Retrospectiva Literária 2014


E lá se vai 2014... Foi um bom ano, Hazel Grace pessoas.... Mas como sempre, espero que 2015 seja ainda melhor! Tenho certa implicância com anos impares, mas o fato é que eles sempre acabam sendo melhores que meus anos pares #soudessas. Como nos 3 anos anteriores, aqui está a Retrospectiva Literária do Pensamento Tangencial. Esse ano consegui ler exatamente a mesma coisa que ano passado, bem aos 45 do segundo tempo (terminei um livro que estava estacionado só pra bater o mesmo número. É. Hahahahah)

Vamos as minhas respostas para as tradicionais questões de retrospectiva! 
Esse ano tem perguntas novas!
(abrindo o Skoob para lembrar o que eu li este ano)


A aventura que me tirou o fôlego: Acho que não é surpresa porque todo ano eu cito essa série, mas é que se tratando de aventura não há coisa melhor na minha vida. Mas olha, prometo que é a última vez que cito Os Heróis do Olimpo, tá? só porque a série acabou, aí não tem jeito mesmo. Fiquei sem ar com O Sangue do Olimpo, vai deixar saudades os meus meninos (e meninas) semideuses.

O terror que me deixou sem dormir: Eu não leio terror (sempre digo isso). Li uns livros que me tiraram o sono, mas não são exatamente terror, então não posso citar nesta categoria.

O suspense mais eletrizante: Suicidas me deixou apavorada mas não creio que ele seja suspense... Não sei o que o livro é além de TOTALMENTE APAVORANTE. Valeu, Raphael Montes, por me tirar noites de sono.

O romance que me fez suspirar: A Garota que Você Deixou para Trás. Jojo como sempre me desidratando!

A saga que me conquistou: Não é exatamente uma 'saga', mas Silo, o primeiro livro da trilogia do Hugh Howey me deixou impressionada!

O clássico que me marcou: próximo!

O livro que me fez refletir: Eu pensei bastante com A Verdade Sobre Nós...

O livro que me fez rir: eu sempre me divirto lendo, mas vou citar Ai Meus Deuses porque adorei como a Tera Lynn escreve. Muito divertido.

O livro que me fez chorar: Pra não citar Jojo novamente, escolho Um Caso Perdido, que me fez chorar - e eu não costumo chorar com leituras!!

O livro de fantasia que me encantou: Sempre fico confusa com o que é livro de fantasia... Sei não...

O livro que me decepcionou: Até que teve bastantes... Divergente foi um dos que li achando que entraria pro time de fãs e achei bem qualquer coisa. Destinada foi outro livro que eu esperava bem mais e não curti muito a leitura como imaginei. E também teve o Desejos...

O livro que me surpreendeu: acho que surpreender não é a palavra porque eu já esperava que ele fosse bom, mas adorei realmente o As Batidas Perdidas do Coração da Bianca Briones.

O thriller psicológico que me arrepiou: Absolutamente, os dois livros do Raphael Montes que li. Dias Perfeitos entra nesta categoria.

O livro mais criativo: - - - 

O melhor HQ: não tenho nenhuma HQ.

O infanto-juvenil que se superou: Não li nada especificamente infanto-juvenil.

O livro que mudou a minha forma de ver o mundo: Acho que tudo que leio acaba tendo alguma relevância no modo como encaro a vida, mas O Segredo do Meu Marido e A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert me mostraram coisas interessantes sobre as pessoas.

A capa mais bonita: Amo a capa de Época de Morangos - acho uma capa tão gostosinha, tem um clima tão bom, sabe? Combina com o livro!

O livro que li em um dia: Vale 24 horas, mas cruzando dois dias? Dias Perfeitos.

O primeiro livro que li no ano: o livro em e-book da minha amiga Nath, Nunca te Disse.

O último livro que terminei: Foi O Sangue do Olimpo - enquanto escrevo, embora até a noite, terei terminado outro!

O livro que abandonei: Foi um livro que abandonei por uns meses, mas consegui voltar a ler e terminar: Desejos, da Alexandra Bullen.

O livro que li por indicação: Não foi exatamente por indicação porque foi uma meta que eu tinha e aí convenci uma amiga a ler para ler junto, mas quero citar Antes de Morrer. Que achei bem bom, apesar da protagonista (e achei o filme melhor. É)

A frase que não saiu da minha cabeça: "Esperar que um dia as coisas melhorem: talvez seja isso o amor..." em Harry Quebert

O(a) personagem do ano: Vou escolher a Juliette de Silo porque a mulher é phoda apenas. Uma verdadeira MacGyver do século XXI

O casal perfeito: Gostei de vários casais, mas vou escolher Remy e Brooke, de Real.

O(a) autor(a) revelação: Adorei o trabalho do Raphael Montes, na parte nacional. Os internacionais fico com Jöel Dicker e Hugh Howey.

O melhor livro nacional: Não consigo escolher!!!

O melhor livro que li em 2014: Como sou uma pessoa que ama um romance, só posso escolher A Garota que Você Deixou para Trás e também O Segredo do Meu Marido que são apenas os livros que mais indiquei em 2014.

Li em 2014 44 livros.

Li em 2014 não consigo contabilizar páginas.

Comprei em 2014 olha, não consegui contar, mas imagino que tenha ficado entre 40 e 50 livros. E estou sendo otimista.... Afinal, teve Bienal e muitas promoções!

A minha meta literária para 2015 é: 40 livros, Mantenho minhas metas baixas para não me decepcionar.

Eu Li: O Sangue do Olimpo (The Blood of Olympus) + Sorteio

O Sangue do Olimpo é o último (sério, ainda não estou acreditando) livro da série Os Heróis do Olimpo - aquela série spin-off do Percy Jackson, escrita pelo nosso amado Rick Riordan (sem ironias, amo esse homem). Vou deixar aqui os links das resenhas anteriores, caso você queira conferir minha opinião. Essa resenha não tem spoilers, mas tem revelações sobre enredos anteriores.

Pra quem acompanha a série, sabe que nossos sete heróis partiram em Argo II para Atenas porque eles precisam salvar o mundo - uma vez que os deuses estão em conflito com suas duas metades e Gaia esta para despertar e acabar com toda a raça humana (ui). Enquanto Jason, Piper, Leo, Frank, Hazel, Annabeth e Percy partem para a Grécia, um outro grupo - formado por Reyna, Nico e o treinador Hedge parte de volta aos Estados Unidos com a Atena Parthenos para devolvê-la ao acampamento Meio-Sangue esperando restaurar a paz entre os acampamentos grego e romano. Claro que ambas as missões parecem impossíveis, uma vez que de um lado, tudo conspira para que o grupo não chegue a Atenas - deuses furiosos,  gigantes, mil contratempos. De outro, Reyna e Nico sofrem para fazer em tempo recorde uma viagem de dias carregando uma enorme estatua e sendo perseguidos por todo tipo de monstros.

Comecei a ler esse livro com muita calma - em parte porque não queria terminar, em parte porque estava morrendo de medo do que encontraria. Era tanta coisa pra resolver, tantos personagens em risco, tanta trama legal.... Sempre digo que adoro o fato dessa serie ser em 3ª pessoa, mas ter uma narrativa tão próxima dos personagens foco. Dessa vez temos nosso trio original de volta: Jason, Piper e Leo de um lado do mundo e Reyna e Nico do outro lado. Confesso que quando vi a narrativa focada em Nico fiquei pensando que não ia me empolgar, mas a verdade é que adorei conhecer mais do personagem e curti bastante até as partes dele!

Reyna também teve partes que me impressionaram e surpreenderam bastante. Tudo bem que nos livros anteriores ela não assume posição de destaque para que tenhamos a oportunidade de conhecê-la sem ser pela ideia de outro personagem, e por isso mesmo, eu sempre a achara um pouco distante e neste livro temos a chance de entendê-la um pouco mais e com isso algumas coisas na sua personalidade ficam mais compreensíveis.
Quer me arrastar para Long Island é?, parecia dizer a estátua. Boa sorte aí, sua escória romana.Aquele era o destino de Reyna: morrer defendendo a estátua de uma deusa grega passivo-agressiva.
Se eu terminei a resenha do livro anterior dizendo que fora o final mais calmo entre todos os livros da série, posso dizer que este é o livro mais agitado dela. Como estamos num momento decisivo, o livro já começa com um monte de aventuras perigosas e os momentos de tensão são constantes. É um livro que você mal consegue dar um suspiro de alivio porque o tempo todo esta acontecendo algo (com algum deles) e você fica apreensivo sobre até quando vai ter que suportar e onde aquilo tudo vai dar.

Um paragrafo especial para reafirmar meu amor por Jason Grace! Amo esse personagem, não importa o que digam a oposição. Jason tem realmente momentos de altos e baixos, mas acho que como acreditei desde o principio, ele é um verdadeiro herói e adoro que ele não é prepotente nem nada disso (vai meu garoto!). Também não posso deixar de falar que Leo Valdez é um dos personagens mais legais que já foram escritos. Adoro os divertidos, inteligentes e sagazes e Leo é exatamente isso!
Infelizmente seu melhor amigo não era um autômato de metal. Aí, pelo menos ele teria alguma ideia de como ajudá-lo. Mas com humanos.... Leo se sentia impotente. Eles quebravam com muita facilidade.
Verdade, Leo. Verdade.
Não quero escrever grandes revelações do enredo mas posso dizer que Rick foi realmente sensacional neste volume. Ele conseguiu mostrar nuances de personagens que a gente realmente não imaginava e gostei especialmente que ele conseguiu entrelaçar todo o grupo de uma forma muito convincente. É um grupo grande e de gente diferente mas que unidos formam algo homogênio que da gosto de acompanhar.
— Gregos! - gritou Percy. —  Vamos... hã... matar uns monstros aí!
eles gritaram como loucos e atacaram.
Jason sorriu. Ele adorava os gregos. Eles não tinham nenhuma organização, mas compensavam com entusiasmo.
Lição: as vezes o entusiasmo é mais importante que a organização.
Depois do livro anterior - quando eu finalmente admiti para mim mesma que eu gostava do Percy, posso dizer que neste livro  foi lindo ver como ele estava interagindo com o resto da galera. Devo lembrar a vocês que essa não é a série do Percy e ele não é o central, e exatamente por isso, gostei de como Rick soube trabalhar as partes dele sem diminuir ou aumentar o valor nem dele, nem dos demais personagens. Acho que todos os sete tivera seu momento de glória e isso doi no meu peito porque eu sei que sentirei falta de acompanhar as aventuras desses meninos #chorando.
— E se começássemos a fazer propaganda de, sei lá, tênis Adidas? - perguntou Percy. —  Afinal, a Nike se inspirou em Nice. Será que isso a deixaria com raiva o suficiente para aparecer?
Leo soltou uma risadinha nervosa. Talvez ele e Percy compartilhassem outra coisa: um senso de humor idiota.
#comonãoamar esse dois?
Para quem vai ler, deixo logo um aviso: prepare seu coração principalmente a partir do capitulo 43. São momentos de muita emoção e muita tensão. Com o final se aproximando, fui virando ainda mais fangirl e só conseguia pensar AIEUAMOORICK!!! Ele realmente soube conduzir a história muito bem, escolhendo destinos bem coerentes para cada personagem e embora eu tenha ficado realmente chocada com o final - não acredito que acabou daquele jeito - meu coração conseguiu algum conforto porque posso imaginar o final feliz que eu sempre quis.

Recomendo demais essa série! Se você ainda não começou, não tenha medo! A primeira dica é: você pode SIM ler Os Heróis sem ter lido Percy - eu fiz isso e sinto que minhas perguntas foram completamente respondidas. É um spin-off, portanto, uma série baseada, mas independente. Se voc~e gosta de mitologia (grega e romana), tramas de aventuras, livros adolescentes com uma narrativa empolgante e bem humorada, dê uma chance! Garanto que você não irá se arrepender!
O maior ódio possivel é por alguém que um dia você já amou.
sempre encontro uma frase de impacto
nos livros dessa série. #pra_anotar

Antes de terminar esta resenha, deixo meu último apelo: se você souber que tio Rick escreveu um epilogo, uma capitulo extra. um conto de finalização, algum complemento.... Por favor, me avise! Preciso de MAIS sobre essa galera (@cdevellyn)

-------------- Pra ganhar um exemplar, vamos de Promoção!! ----------------

a Rafflecopter giveaway

Eu Li: Ai Meus Deuses (Oh My Gods)

Ai Meus Deuses é um dos livros da galera que saiu pelo selo Junior.
Eu realmente não entendo as classificações de selos porque esse livro se passa 'no ensino médio' então não entendo o porquê de ter saido pelo Jr., mas o fato aqui é que eu já queria ler esse livro ha tempos e fiquei muito feliz quando a editora lançou e pude pedir para analise.

Nossa protagonista se chama Phoebe Castro e ela esta no último ano do ensino médio, que cursa com suas melhores amigas desde sempre: Cesca e Nola (nomes exóticos). Phoebe é uma excelente esportista e a coisa que mais ama fazer na vida é correr. É nas pistas que ela se sente livre e poderosa. Com esse talento, Phoebe espera conseguir uma bolsa de estudos para cursar a USC - esse é seu primeiro e único plano de vida. O grande empecilho ocorre quando sua mãe volta de uma viagem a Grécia - onde foi visitar parte da família do falecido pai de Phoebe - com um noivo a tiracolo e decide que não só vai casar com ele como também vai se mudar de vez para a Grécia - levando Phoebe e seus sonhos para bem longe do Pacífico. Obviamente, tudo é um grande choque para a garota, que não esperava que sua vida fosse mudar tão repentina e drasticamente.

Sem ter como escapar dos planos de sua mãe, Phoebe parte com ela (bem a contragosto) para a Grécia e chegando lá, descobre que vai viver numa reclusa ilha chamada Serfopoula. Acontece que além do nome estranho a ilha tem uma história curiosa. Lá, ela estudará na renomada Academia de Platão, a escola que seu padrasto comanda e é frequentada por ninguém menos que os descendentes dos deuses gregos (chupe_essa_manga). Claro que depois do choque inicial ao descobrir que toda a história da Grécia antiga não é apenas parte da mitologia, Phoebe percebe que não será nada fácil se adaptar e lidar com tantos adolescentes cheios de superpoderes, ainda mais quando ela é a única nothos no meio da galera.

A forma com que Phoebe lida com todas as mudanças consegue ser em verosímil, apesar de toda a loucura que mescla a vida-real aos deuses do olimpo e achei que o modo que a autora trabalhou as tramas foram interessantes porque apesar de mexer com a parte mitológica, tudo segue uma linha bem adolescente. Apesar de se sentir um peixe fora d'agua, acho que Phoebe se saiu muito bem, lidando não só com uma meia-irmã maligna (e poderosa), como também com vários colegas que a odiaram de cara, só por ela não ter sangue divino.

Como nem só de dramas vive um adolescente, Phoebe também faz amigos na escola: Nicole e Troy, dois semideuses bem legais que a ajudam a se inteirar sobre a dinâmica escolar e a ajudam nas aulas - porque afinal, ela quer conseguir as notas que precisa para manter o plano de ir a USC no ano seguinte. Com essa meta em mente, ela só precisa ir bem nas aulas e também participar da equipe de corrida da Academia, mesmo que para isso tenha que se esforçar em dobro para conseguir competir com os colegas com poderes especiais. E tudo se complica quando um desses colegas de corrida, que também faz parte da galera que a odeia por ser diferente, desperta um interesse especial de Phoebe

A narrativa da Tera Lynn é simplesmente deliciosa - o tipo de lvro que você pega pra ler e passa as páginas sem sentir cansaço. Phoebe é uma narradora muito sincera e adorei o tom cômico e dramático (tipico das adolescentes) que ela tem para se referir aos dramas que vive na vida. Ao mesmo tempo, adorei a forma passional com que ela fala de seu amor pelas corridas. Nunca pensei que fosse dizer isso, mas ela fala sobre correr com tamanha paixão que eu fiquei realmente tentada a tentar (HÁ) sair correndo por aí - parece mesmo ótimo para aliviar qualquer estresse da vida! Adoro quando um livro me faz ter vontade de fazer algo diferente só pela forma com que o assunto é tratado.

Achei a leitura realmente encantadora e apesar da ideia final não me surpreender - na verdade, achei um dos 'mistérios' bem sem motivos, uma vez que quando li a sinopse do livro em inglês, tenho certeza que relacionava essa questão (que é um dos mistérios do livro) a trama - acho que a forma com que a autora escolheu mesclar todas as questões foi bem interessante e fui surpreendida pelo modo que as revelações foram feitas, não pelas revelações em si!

O livro tem um final bem conclusivo, um epilogo bem digno e eu fiquei feliz, até me lembrar que na verdade existe uma continuação, então não sei o que esperar! De todo modo, como adorei a narrativa, eu absolutamente leria a continuação porque não me incomodaria saber mais sobre a vida de Phoebe depois da descobertas que ela fez! Definitivamente vale a leitura - ainda mais se você quiser algo leve e divertido para passar o tempo e também se gostar de mitologia grega e cenários diferentes para vijar enquanto lê.