Eu gosto de ler livros sem ter nenhuma noção sobre o enredo, sem conhecer nem a sinopse dele. Quando soube que a Intrínseca estaria publicando outro livro da Gillian Flynn, imediatamente me interessei. Conheci a autora lendo Garota Exemplar e havia ficado maravilhada com sua forma de desenvolver uma trama complexa com tanta fluidez e perspicácia. Peguei a amostra disponível na Amazon para conferir do que se tratava e após a leitura daqueles três (quase quatro) capítulos, fiquei louca para conferir o livro todo. Quando recebi o livro, li numa tacada só porque precisava desvendar aquele mistério.
Camille Preaker é uma jovem repórter de um jornal de Chicago. O jornal não tem lá muito prestígio, mas o chefe de Camille é um cara que a apoia e acredita muito no potencial dela. Quando ocorre o desaparecimento de uma menina na pequena Wind Gap - Missouri, seu chefe vê no caso a oportunidade de alavancar o prestigio do jornal fazendo a cobertura do que ele acredita ser um grande caso - possivelmente envolvendo um serial killer - uma vez que meses antes uma outra menina fora assassinada após ser considerada desaparecida. Contando com isso, ele resolve enviar Camille para lá, aproveitando o fato de que ela é da cidade, para descobrir o que pode estar ocorrendo. Camille gostaria de recusar a oferta porque Wind Gap definitivamente não lhe traz boas recordações de infância, mas não consegue encontrar um bom motivo para recusar a proposta de Frank (o chefe), que além de apoia-la sempre, está certo que eles tem uma boa história.
Gosto de como Gillian constrói os personagens, trabalhando a parte psicológica de um modo que nos faz mergulhar para tentar entender e desvendar cada aspecto deles. Também acho que o livro trás algo de cru sobre a personalidade humana, que não é todo autor que consegue fazer isso bem. Também admiro como Gillian constrói suas personagens femininas - que não costumam ser retratadas com frieza na literatura e geralmente são seres puros e indefesos. Elas não estão envoltas em uma aura de perfeição e sim são mulheres com problemas reais, que levam a vida cheias de conflitos internos e objeções.
Camille Preaker é uma jovem repórter de um jornal de Chicago. O jornal não tem lá muito prestígio, mas o chefe de Camille é um cara que a apoia e acredita muito no potencial dela. Quando ocorre o desaparecimento de uma menina na pequena Wind Gap - Missouri, seu chefe vê no caso a oportunidade de alavancar o prestigio do jornal fazendo a cobertura do que ele acredita ser um grande caso - possivelmente envolvendo um serial killer - uma vez que meses antes uma outra menina fora assassinada após ser considerada desaparecida. Contando com isso, ele resolve enviar Camille para lá, aproveitando o fato de que ela é da cidade, para descobrir o que pode estar ocorrendo. Camille gostaria de recusar a oferta porque Wind Gap definitivamente não lhe traz boas recordações de infância, mas não consegue encontrar um bom motivo para recusar a proposta de Frank (o chefe), que além de apoia-la sempre, está certo que eles tem uma boa história.
Não sou do tipo de repórter que se delicia ao entrar na intimidade das pessoas. Provavelmente é por isso que sou uma jornalista de segunda.Resolvendo deixar o passado de lado e fazer seu trabalho, Camille chega a Wind Gap e encontra a cidade abalada com o desaparecimento da criança. Por outro lado, ter que reencontrar a mãe, o padastro e a meia-irmã - que ela mal tivera contato durante a vida - também não a deixa psicologicamente muito estável. Camille nunca teve uma boa relação com a mãe - que sempre pareceu gostar mais da irmã mais nova, e também nunca chegou a conhecer o pai. A mãe de Camille sempre a sufocou e ela não tinha a intenção de voltar - e ainda se hospedar sobre o mesmo teto que eles - tão cedo, mas a convivência forçada acaba fazendo-a relembrar de coisas que ela não queria nem gostaria.
Problemas sempre começam muito antes de você realmente, realmente vê-los.A premissa já é muito boa porque sempre gosto de livros (e enredos) que envolvem investigação criminal, jornalismo, passado escuso, problemas psicológicos e familiares. Camille também é uma ótima narradora porque acompanhamos com ela todo o conflito entre precisar fazer um trabalho e ao mesmo tempo ter que lidar com pessoas e fatos que ela gostaria de esquecer, criando um paradoxo interessante para o enredo. A própria personagem já é cheia dos conflitos internos, a maioria advindo do relacionamento com a mãe e gostei muito de acompanhar o desenvolvimento da relação entre elas (e a irmã).
#fato
Gosto de como Gillian constrói os personagens, trabalhando a parte psicológica de um modo que nos faz mergulhar para tentar entender e desvendar cada aspecto deles. Também acho que o livro trás algo de cru sobre a personalidade humana, que não é todo autor que consegue fazer isso bem. Também admiro como Gillian constrói suas personagens femininas - que não costumam ser retratadas com frieza na literatura e geralmente são seres puros e indefesos. Elas não estão envoltas em uma aura de perfeição e sim são mulheres com problemas reais, que levam a vida cheias de conflitos internos e objeções.
— Você é machista. Estou farta de homens liberais de esquerda praticando discriminação sexual sob disfarce de proteger as mulheres da discriminação sexual.O final do livro não poderia ser melhor. Ao longo da trama, conseguimos desvendar - com Camille - o misterioso caso dos assassinatos, mas a forma como a autora construiu essa revelação e então desconstruiu tudo foi simplesmente genial! Eu cheguei as últimas páginas pensando 'ai meu Deus, não pode estar acabando- ainda há muito que quero saber sobre eles', mas então ela tira uma carta da manga e nos surpreende novamente. Meu único pesar é que o final acaba sendo um pouco corrido e nós acabamos com aquele sentimento injusto de 'eu queria mais detalhes' embora tudo seja devidamente explicado. Vocês já viram aqueles filmes que no final passam algumas frases retratando o que aconteceu depois? É assim que Objetos Cortantes termina - como um relato jornalistico do que ocorreu e eu já estava tão envolvida na vida de Camille que realmente queria mais!
Por fim, vou até deixar uma dica-da-Evellyn em primeira mão pra vocês: não leiam a sinopse. Apesar de preferir não ler, li depois que terminei a amostra (porque queria saber mais sobre o livro), mas achei que ela não reflete bem o enredo do livro e parece deslocada, entendem? Na verdade, tem uma revelação na sinopse que é algo que a gente só descobre lá pelo meio da leitura e acho que revelar isso assim, de cara, é meio desnecessário porque o gancho inicial da trama já é bom o suficiente para te prender sem que isso seja explicitado.
Esse livro está para virar uma série de TV, segundo as últimas informações. Enquanto isso, mal posso esperar para ler o próximo livro da Gillian (Dark Places), que a Intrínseca disse que irá laçar ainda este ano (e já tem filme por aí também!).
Esse livro está para virar uma série de TV, segundo as últimas informações. Enquanto isso, mal posso esperar para ler o próximo livro da Gillian (Dark Places), que a Intrínseca disse que irá laçar ainda este ano (e já tem filme por aí também!).
Oi Eve :) Tudo bem?
ResponderExcluirEu não consegui ler Garota Exemplar e nem gostei muito do filme, por isso acho que esse livro também não me encheria as medidas porque não faz parte dos meus géneros de eleição.
Beijo
www.fofocas-literarias.blogspot.pt
Não li Garota Exemplar mas adorei o filme então a autora deve ser ótima. Fiquei bem curiosa com esse livro tem investigação, jornalismo e problemas familiares, adoro HSUHHUA
ResponderExcluirBeijoos,
Sétima Onda Literária