Eu Li: Cabeça de Vento (Airhead)

Foi difícil começar essa resenha, pois como eu comentei no Twitter, Cabeça de Vento – o segundo livro da Meg que leio – não foi NA-DA do que eu imaginava, e mesmo assim eu gostei demais da história!! O incrível é que mesmo na sinopse que li os nas resenhas ninguém nunca disse o que eu descobri com a leitura – o que é bom, afinal – e ao mesmo tempo isso me mostrou como seria complicado fazer uma resenha desse livro SEM Spoilers. No entanto, eu farei o possível para tanto. 

Como todas sabem, o livro conta sobre Emerson Watts, uma garota inteligente, humorada, fã de games e tecnologia, que embora nada popular está satisfeita com sua condição no ensino médio, ainda mais por contar com um grande amigo Christopher – por quem ela nutre uma paixão secreta. Os dois vivem tirando sarro dos 'mortos-vivos' da escola, que é como eles chamam os populares - bem na verdade o resto da escola já que os dois parecem ser os únicos renegados de lá. Para desgosto de Em, a irmã mais nova dela, Frida, está doida para ser uma morta-viva! 

Meneei a cabeça devagar. As vezes, acho que o colégio é um tipo de teste imposto pela sociedade parar ver se os adolescentes conseguirão sobreviver no mundo real.
E eu tenho certeza de que não estou indo nada bem nesse teste.

Então num evento na cidade Em leva Frida para conseguir um autografo de um famoso cantor e lá acontece um acidente envolvendo nossa protagonista com a modelo mais bem sucedida do momento, Nikki Howard. Então neste ponto começa todo o desenvolvimento da história... Em passa a ser Nikki! Mas o modo como isso acontece não tem nada a ver com o que estamos acostumados a ver em filmes (lembram de Sexta-Feira Muito Louca? Ele inclusive é citado numa 'explicação') Então saber o modo como isso aconteceu foi uma grande surpresa pois vi que o livro é mesmo uma ficção-científica – e todos sabem que eu não sou fã, mesmo tendo gostado de A Hospedeira. 

Enfim, Em agora Nikki, precisa aprender a conviver como uma grande estrela, posar para catálogos, ir a eventos além de ter a vida social esperada de alguém desse nível.. É muito interessante ver as drásticas mudanças que ocorrem na vida de Em/Nikki graças a esse acidente. Afinal, ser uma super modelo que vive sendo perseguida por fãs e paparazzis não é tão fácil quanto aparentava.

Como será que os casais conseguiam ficar sem se beijar o tempo todo? Beijar é fantástico.
Ai, meu Deus. Descobri que sou modelo há cinco minutos e todo o meu raciocínio lógico erodiu? Tenho de me recompor.

Nikki tem uma melhor amiga Lulu, que eu achei fofa demais – eu até imagino que Lulu é o que eu seria se tivesse nascido rica (rs) Sem contar que Lulu é aquele tipo que parece boba, mas é bem mais esperta do que e imagina. Ela também tem muita 'sabedoria' pra compartilhar, além de ser otima amiga, engraçada, e ter um bom coração. Realmente achei Lulu uma fofa! 

Sério, é um crime o fato de garotas como minha irmã venerarem pessoas como Lulu. Tudo bem, ela é bonita e rica. E talvez - apenas talvez - tenha boas intenções.
Mas tem o cérebro de um molusco.
- Olha só, não existe transferência espiritual - informei.
- É claro que existe! - exclamou Lulu, animada. - Por que você acha que fazem tantos filmes sobre isso?

Sem contar que tem o namorado-vai-e-vem de Nikki, Brandon, além de outros pretendentes! É muito engraçado ver Em tentando lidar com toda a popularidade de repente, já que ela nunca foi do tipo que despertava paixões. E eu achei todos os garotos do livro tão fofos em algum momento (ok, tem um que eu não gostei muito) que pela primeira vez terminei um livro sem ter tomado partido de algum dos garotos, pois fiquei mesmo em duvida! Mas estou muito inclinada a Christopher já que adoro o estilo dele...

A unica garota que Christopher já atraiu fui eu, e ele nem notou isso (ou pelo menos, que eu era uma garota).
Mas ele estava muito gato agora. Muito mesmo. Tipo, eu sempre achei que ele era bonito. Mas agora todo mundo ia notar que ele estava bonito. E se ele estivesse saindo com alguém?

Uma coisa que notei em comum com o outro Meg que li foi que Meg, além do maravilho dom para escrever historias totalmente plausíveis mesmo quando tudo é aparentemente surreal, gosta de tratar de assuntos relacionados a auto-estima feminina. Nesse livro ela escreve de uma forma tão bacana, cool e mesmo assim com aquela pontinha de lição de moral, do tipo: não devemos nos focar no exterior, pois é o interior que importa mais. Meg mais uma vez nos presenteia com uma história bem escrita, com humor, romance, problemas, e tudo o que faz sucesso entre o publico teen/YA. Meu livro está cheio de marcadores de tantas passagens legais que ele apresenta.

- Eu não sabia que era obrigada a seguir algum padrão aleatório de beleza ditado por uma modelo que se acha a rainha das adolescentes.
Isso fez Christopher dar uma gargalhada.
- Rainha das adolescentes. Essa foi ótima. – elogiou ele. Senti meu rosto queimar novamente.
É, estou totalmente caidinha. Na verdade, isso é triste.

Enfim, eu amei o desenvolvimento da historia, mesmo ela sendo totalmente surreal – e fala a garota que le sobre anjos e vampiros. A parte ruim é que o final do livro é como uma pausa para o próximo capitulo, já que este é o primeiro da série. O bom é que a Galera Record já irá lançar o segundo volume, Sendo Nikki, agora em maio.

Foi quando percebi: Robert Stark me deixou falando sozinha! Ele simplesmente se afastou de mim, como se eu não fosse nada! Como se eu nem estivesse... lá! Como se fosse apenas... apenas...
Uma modelo cabeça de vento.