Eu Li: Consolation


Consolation faz parte de uma duologia da Corinne Michaels que me fi recomendada pela minha amiga Lisse. Lisse ama livros com temáticas militares e eu também costumo gostar, então ela me indicou este logo após que eu terminei a leitura de Volta Para Mim - e havia amaaado! Como eu estava nessa vibe militaresca (!) fui logo ler esse livro e minha experiência com ele foi bem cheia de altos e baixos (mais baixos que altos, mas calma que já explico). O livro é um bestseller super bem falado (quase uma nota 5 no Goodreads) então eu comecei cheia de expectativas - o que já demostra meu erro - principalmente porque Mila Gray havia me deixado assim... 

Comentei muito enquanto lia lá no Twitter porque tem livros que despertam minha fúria meu lado mais comentarista e eu tenho que compartilhar enquanto leio pra não surtar - já que a resenha é algo que compartilho após terminar a leitura e o furor todo ter passado (rs). Li esse livro beeeem devagar (uns 3-4 meses) porque tinha momentos que eu simplesmente não conseguia continuar e precisava de ar - além de estar lendo outras coisas ao mesmo tempo #dessas.

Consolation é um livro que já começa com um grande baque, mas diferente de Volta Pra Mim, que dá a noticia triste e ai volta pra parte feliz até chegar a parte triste - o que acalma nosso coração e deixa o clima mais leve - este livro da Corinne não volta pra parte feliz não.... Ele parte de um grande trauma emocional e então vamos acompanhando a protagonista tentando se curar deste trauma enquanto passa por milhões de situações #normal #vida

Natalie tinha a vida ideal com seu marido ex-SEAL, Aaroon. Mas após ser mandado a uma missão de segurança, Aaron acaba morrendo e deixando Natalie - grávida, prestes a parir - sozinha. Isso não é spoiler nem nada, esse é o ponto de partida da nossa história, então vocês já podem imaginar o que vem por ai... O livro já começa com essa TERRÍVEL notícia então o que nós temos logo de cara é uma protagonista profundamente abalada. Já devo dizer que apesar de saber que o plot era esse, foi difícil digerir a situação toda e enfrentar todo o luto com Natalie... É a pior situação possível, ela perde o marido enquanto espera a filha deles - que eles realmente esperaram muito para ter após enfrentarem problemas de fertilidade - e então tem que criar um bebê enquanto está de luto. Vocês entendem como isso é complicado? Eu entendo e sei que deveria sentir mais compaixão por Natalie, mas a verdade é que na maior parte do tempo todo o drama dela só me sufocava - porque é triste DEMAIS - e eu não consegui ler mais que um capitulo por lida (lida porque nem todo dia eu pegava o livro).

Mas como nem só de dramas se faz um romance, é claro que Lee (apelido dela, e já digo que ODIEI esse apelido! Eu lia e ficava imaginando uma coisa nada a ver... Esse apelido é péssimo!)1 não fica completamente desamparada e recebe ajuda. Ela mora a beira mar num local típico de famílias de militares e tem a ajuda de uma amiga e dos amigos de Aaroon. A parte relacionada às amizades do livro é bem bacana porque mostra todo o companheirismo e força que a gente espera de amigos e isso é bem escrito na história. Mas um amigo em especial é o grande dilema de Natalie: Liam Dempsey (gosto desse sobrenome, adoro esse nome, mas o personagem....). Liam aparece para ajudar Lee após o ocorrido com seu MELHOR amigo e ele se torna aquele pau-pra-toda-obra que sempre se faz necessário na vida, mas o problema acontece quando os sentimentos de Natalie por Liam começaram a confundi-la. Ela pode mesmo ficar com o melhor amigo do marido morto?

Vocês devem estar se perguntando qual meu problema com o livro (além do clima de tristeza e do apelido da protagonista), e acho que a resposta é: Liam. O livro é narrado por ambos os personagens: Natalie e Liam e eu tive muitos problemas feministas pessoais com algumas partes narradas por esse rapaz porque ele tem algumas constatações completamente machistas e isso meche comigo de uma forma que eu não consigo me conter e então, um mocinho que poderia ser nota 9, acaba virando um 6 com esforço. Eu sinceramente fiquei com problemas porque esse livro foi escrito por uma mulher e acho meio complicado entender como ela escreveu o rapaz da história daquele jeito. Eu entendo que ela pode ter escrito considerando a mente masculina (ui), mas realmente isso me encheu de irritação e o livro perdeu pontos nesse aspecto.
Não ha nenhuma finesse, sem amor. Somente a necessidade primal e urgente. A necessidade de afundar nossos corpos tão profundamente que não sabemos onde eu termino e ele começa.
... olha aí o que eu disse. Hot.
No mais, entendo porque o livro é um sucesso: ele é uma típica história de romance cheio de drama, ainda mais pra quem esta acostumado com as temáticas militares, mas eu realmente tive problemas com algumas partes narradas por Liam e por todo o clima pesado da trama (e nem posso culpar TPM porque passei meses lendo...). Além disso, o livro tem aqueles elementos de romance hot e isso trás algo de empolgante, embora eu nem estivesse focando nisso de tão irritada que outras coisas me deixavam! Mas a interação entre Liam e Natalie é interessante....

Ainda assim, considerando meus momentos de tensão com a leitura, devo dizer que no 1/3 final da história, acontecem algumas reviravoltas muito boas e juntando com o fato que o luto vai abradando, a trama pega um folego que me deixou mais animada. Se tratando de uma duologia, eu confesso que em alguns momentos eu cogitei não ler o outro livro, mas então Corinne fez um final TÃO surpreendente e bombástico que eu não tive opção senão começar a ler o outro assim que finalizei este! Desde então, estou parada em algum ponto de Conviction, mas até o final de 2016 eu termino e venho com a resenha!

1 - quando até o apelido da personagem me irrita é porque a situação com o livro, no geral, não está boa.

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