Esse livro do Jeffrey Archer é um pouco antigo. Foi lançado em 2009 por aqui, mas escrito e publicado primeiramente em 1982. Eu fiquei super curiosa para lê-lo desde que o encontrei numa livraria e apesar do livro tratar de uma temática que eu pouco me interesso na vida real e pouco leio sobre, tive que conferir porque a plot é muito interessante. O livro é narrado em terceira pessoa, então, apesar do foco ser em Florentyna Rosnovski, nós temos uma visão ampla sobre tudo que acontece a volta dela e dos demais personagens.
O livro é separado em 3 etapas: passado, presente e futuro e durante esses períodos vamos acompanhando Florentyna desde a infância até o fim da carreira. É uma historia bem interessante de acompanhar, pois é bastante rica, cheia de detalhes e reviravoltas, onde você nunca sabe o que esperar dos personagens. Começa em 1934 e vai até 1995.
Florentyna praticamente nasceu em berço de ouro. O pai fundou um império hoteleiro e como filha única, ela herdou tudo (eu só consigo pensar em algo como os Hilton). Florentyna é uma protagonista como não se acha facilmente: é decidida, confiante, forte e não se deixa abalar com os desafios da vida. Acompanhamos períodos importantes da historia do mundo – e dos Estados Unidos. Florentyna, mulher, filha de imigrante, passou por alguns episódios de preconceito e outros onde todo seu império correu risco e mesmo assim, nunca teve medo de lutar pelo que acreditava.
- A única coisa de que devemos ter medo é o próprio medo. - disse Florentyna.
- Jessie, quando botará na cabeça que Franklin D. Roosevelt era um político, não um banqueiro?
É raro eu gostar de acompanhar histórias 'sobre uma criança' mas o modo como a vida de Florentyna é narrada me agradou muito. Ela sempre foi uma criança muito espirituosa e inteligente e além disso, nesse período nós acompanhamos o pai nos negócios e é legal ver a construção de um império! E tem muita falcatrua, muita gente aproveitadora sabe? Algo bem vida-real.
Quando ela se torna adulta, conhece Richard e se casa, pensamos que a vida dela vai acalmar, mas é só o começo de novas etapas. O casamento por si só já é um desafio já que o pai de ambos – inimigos até a morte – não os apóiam e eles fica praticamente deserdados e precisando lutar pela sobrevivência! Sem ajuda do pai, Florynta resolve se aventurar pelo mundo da moda e funda uma loja e quando achamos que ela já tem tudo (hotéis, lojas de sucesso) ela resolve adentrar no mundo da política.
Eu nunca fui muito interessada em política (tá, atirem pedras!), mas ler um livro, que dá uma visão geral do assunto – e além de tudo é fictício (embora mescle com fatos reais, mesmo ocasionalmente) – é super interessante. Nós conhecemos os bastidores, aquelas coisas que ninguém admite, mas todo mundo sabe que acontece. E é ainda mais legal porque Florentyna é dos Democratas e o marido, dos Republicanos e mesmo com as diferenças em relação a isso, eles são super entrosados. O casal é adorável mesmo.
O livro todo tem bastante partes narradas e achei os diálogos sempre muito inteligentes, bem oportunos. Além disso, também tem partes engraças, outras trágicas, que não deixam o livro cair na mesmice. Super recomendo a leitura se você quer sair da sua zona de conforto (YAs/Sobrenatural/Chick-lit) e conhecer um pouco outro gênero e estilo.
Claro que o rumo de alguns personagens me deixou triste e me faz pensar porque as vezes o autor toma determinadas decisões, mas fora isso, a historia é realmente intrigante e muito bem amarrada. Um universo totalmente diferente do que estou acostumada a ler e ainda assim super interessante!
Apesar das 352 páginas, o livro é bem grande, já que os capítulos não são separados e a fonte usada, bem pequena. Eu demorei um bom tempo para ler, mas a historia é fantástica e em alguns momentos o ritmo é tão acelerado e tantas coisas inesperadas acontecem que é difícil não ficar ansiosa pela conclusão.
- Senadora Kane, não está realmente fazendo uma jogada a fim de tornar-se vice de Pete Parkin?
- Não, não estou interessada no cargo de vice-presidente - respondeu Florentyna. - No melhor dos casos, trata-se de um período de estagnação enquanto se aguarda a vez, na esperança de realizar o verdadeiro trabalho. No pior dos caso, lembro-me das palavras de Nelson Rockfeller: "Não aceite o segundo lugar, a menos que pretenda ter quatro anos de curso intensivo de ciência politica e ir a um monte de funerais de políticos." Não me sinto inclinada a nenhum deles.
Hm, sentiu a sagacidade dessa moça? #adoro! Ela sempre fala coisas assim!
PS:1 Na realidade, esse livro é um spin off de outro livro do Jeffrey, Cain e Abel (Kane & Abel) que conta a trajetória do pai de Florentyna (Abel) e de Richard (Kane). E eu chamo de spin off porque apesar do livro alegar ser uma 'continuação' o enredo é diferente, tem outro foco, abarca outros períodos e você pode ler sem precisar conhecer o anterior.
PS:2 O autor, Jeffrey Archer, já trabalhou na política, como deputado, e sua carreira terminou devido alguns problemas... Além de escritor, ele ostenta o nobre titulo de Barão Archer de Weston-super-Mare.
Também não sou fã de política, mas o livro parece ser bem interessante!
ResponderExcluirE, como você falou, é bom pra sair da zona de conforte de vez em quando mesmo!
Beijão!
Olá, Eve!!
ResponderExcluirTambém não curto muito quando os livros falam sobre política, mas se não for o foco principal não vejo problema em ler a respeito.
Estou louca para ler este livro, já tinha falado sobre ele no blog antes, mas quero ter ainda a oportunidade de ler e conferir de perto a saga da protagonista através dos tempos.
Deve ser uma leitura imperdível!
Adorei a sua resenha!
Bjos.
Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.
Ótima pedida.
ResponderExcluirGosto bastante de livros que apesar de um foco, aproveita e repassa várias informações, como o sendo de administração e de política da personagem.
Obrigada pela dica.
Abs,
Olá Leitora!
ResponderExcluirEste livro desde o começo me chamou a atenção
Meu Blog Esta com cara nova!
http://aleitoracassia.blogspot.com/
Nem atiro pedras, também nunca gostei de política, muito menos dos políticos. Acho que são eles que me fazem detestar tanto uma coisa tão importante para a sociedade, mas enfim... Curti a resenha e a história do livro. Ultimamente eu ando querendo ler livros desse tipo, que tenha pouco romance e história complexas. Acho que to crescendo e ficando uma adulta velha e chata, haha. Brincadeira OSHASHAHOSAOHSOAHS Adoro um diálogo inteligente e esse é recheado deles, não é? :D
ResponderExcluirBeeijão
Kaká
Hey Ev!
ResponderExcluirQue saudades do seu blog *-* Awn, continua tudo lindo por aqui viu? ♥
Gostei da resenha, mas ultimamente eu tenho lido tanto livro nesse estilo mais "sério" que estou precisando urgentemente de um YA ): rsrs
Beijos :*
Sabe, eu tbm não curto politica não... Lendo a sua resenha até me interessei um pouco, mas não sei se ia gostar não!
ResponderExcluirOi Evellyn, não gosto muito de livro que envolvem política. Já vi esse livro nas estantes da bibliotecas daqui da cidade. Acho que todas as bibliotecas devem ter esse livro, mas eu nunca me interessei.
ResponderExcluirAcho isso tudo tão chato, concerteza não terminar a leitura nunca.
Beijos, Caline
Mundo de Papel
Não sou assim um MEGA FÃ de política, mas me interesso pelo assunto. Sem contar que a capa desse livro é LINDA de mais né?
ResponderExcluirAinda não sei se leio, mas eu quero! heheeh
Beijso
WIll
Vício de Cultura
Eu lembro quando você o mostoru na sua caixa de correio e em um outro dia, o achei na Saraiva. :) Eu não gosto de política e tenho nojo dos políticos. Então, acho que é por isso que não me interessei pelo livro. :( E o livro tem letras bem pequenas? Não gosto disso. :( Mas mesmo assim, achei o livro interessante. É um livro para sairmos da zona de conforto. :)
ResponderExcluirAdorei a resenha!
Beijos ;*
Ana Carolina
http://loucospor-livros.blogspot.com
Nossa, que absurdo demorarem tanto tempo assim entre lançar o livro lá fora e aqui no Brasil. Infelizmente isso acontece muito, não é?
ResponderExcluirOlha, não é o tipo de livro que me interessa tanto assim, ainda mais por eu ser uma mulher que não gosta de Chick lit hauahauhuahua, mas até que me interessou a história.
Ótima resenha.
Beijosss
Reading Books and More...
Tenho uma amiga que sempre que vai à livraria diz que o livro que é minha cara ainda está lá. O livro que ela diz, é A filha prodiga. Acho que faz meu estilo memso, mas sempre fico relutante em levá-lo por medo de não gostar. Gostei da sua resenha, mas não sei se eu compraria, ainda sim...
ResponderExcluirBeijos
Agora eu quero ler esse livro! Oh deus, haja dinheiro pra todos os livros que eu quero :( hahahah
ResponderExcluirAdorei o jeito que você escreveu a resenha e amei o blog, já to seguindo *-*
beijos!
http://tubaiina.blogspot.com
“Se algum dia alguem te chamar de SAUDADE, não fique triste. É a voz de um coração repercutindo o quanto te ama” ..
ResponderExcluirEu não curto livros que falem sobre política também. Eles costumam ser muito pesados pra mim.
ResponderExcluirNão gostei da letra ser pequena. :/ Só vai piorar meus problemas de vista.
Mas fora isso, parece ser bem interessante a história. Se ela fosse menos confusa (como você achou) teria tudo para ser um grande livro. :D
Um beijo,
Luara - Estante Vertical
Pronto, já arranjei outro livro para entrar na minha lista de compra! hahaha
ResponderExcluirEu gosto de política -em parte- e achei a história do livro bem interessante.
Estou precisando mesmo de um livro realista, algo que seja diferente desses romances melosos que eu estou lendo. hahaha
Adorei a resenha!
Beijos
Livros com temática policial e política nunca foram meu forte. Gosto mais de histórias que me façam esquecer do mundo real haha. Mas li toda a sua resenha e gostei de como você a escreveu. Abrangeu bem a história sem contar spoilers.
ResponderExcluirEu ri de um tweet seu sobre um comentário do seu pai durante a sua leitura do livro.
Acho que o que mais me dsanimaria de ler o livro, tirando a temática, é o fato de ter essas letras pequenas. Não gosto disso. Parece que a editora quis economizar papel haha.
Eu ja fiquei com vontade de ler só por saber que a primeira edição foi lançada na década de 80, adoro livros antigos....sem contar que a capa é muito bonita e inteligente.
ResponderExcluirVanessa - Balaio
Mto legal o teu blog. tbém fiquei querendo ler este livro. gostei mto da frase; A única coisa de que devemos ter medo é o próprio medo. - disse Florentyna.
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro mas só pela capa dá pra notar que ele não é do gênero que eu normalmente leio. Mas como você disse, é bom pra quem quer sair da zona de conforto no que diz a respeito de gêneros literários. E bom, eu espero que esse ano possa ler livros diferentes e esse parece ser uma ótima ideia.
ResponderExcluirBeijinhos,
Thais P.
http://thaypriscilla.blogspot.com
Não seria um livro que eu leria, e quantas páginas são essas hein! rsrs
ResponderExcluirSua resenha foi muito bem escrita! Mas não seria um livro que eu leria por puro preconceito. Tbm não curto política nem um pouquinho, é muito confuso para a minha cabecinha pequena.
Mas uma coisa que vc falou tem toda a razão: nos faz sair da zona de conforto. Ler livros fáceis de ser analisados e resenhados é muito bom; mas ler algo além das nossas expectativas nos faz ter uma outra visão de como as coisas funcionam e nos mostra a realidade do mundo.
Bjks, e parabéns por sair da zona de conforto.
Da Lisse
Olá, Evellyn! Tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a indicação. BEM diferente de tudo que ando lendo. Acho que preciso ler algo exatamente assim. Simpatizei-me com a protagonista - finalmente uma mulher forte e independente! - e com o enredo em geral. Interessante como histórias legais passam muitas vezes despercebidas, não?
Um abraço,
Fátima Menezes - @RecantoCaliope
http://recantodecaliope.blogspot.com
2 desafios com uma cajadada só!
ResponderExcluir=)
Eu gosto da capa, mas politica em livros...não sei se faz meu estilo! =S
Só fica a favor o fato da protagonista ser daquela firmes.!
=)
Boa Sorte com Fevereiro!
=)
Bjinhos
Psiu!
Silêncio Que Eu To Lendo!