Eu Li: O Garoto dos Olhos Azuis

Recebi O Garoto dos Olhos Azuis, lançamento da editora Pandorga faz alguns meses a assim que o livro chegou - de surpresa - dei uma lidinha porque fiquei curiosa com esse lançamento nacional e a história me pareceu interessante. Acabou que eu estava em outras leituras e deixei o livro na minha cabeceira esperando por alguns meses.... Esses dias resolvi terminar cosas incompletas e voltei a pegar no livro para - dessa vez - concluir a leitura. Eu esperava que fosse gostar do livro, mas realmente me impressionei com o quanto eu me encantei com a história criada por Raiza Varella.
Nunca se ressinta, nunca desista. O cavalo branco só passa uma vez e não volta, mas não é tão fácil assim de enxergá-lo.
Assim que comecei a leitura gostei imediatamente da narrativa, feita em primeira pessoa pela nossa protagonista Bárbara. Babi estava prestes a se casar e viver o seu feliz pra sempre, mas não esperava que seus planos iriam por terra quando seu noivo diz não [NO ALTAR] pois estava apaixonado [e vivendo um caso] com uma de suas melhores amigas [e colega de quarto] e madrinha de casamento. Vocês imaginem o barraco que acontece - e isso tudo nas 10 primeiras páginas. É uma confusão total quando Miguel diz não bem na hora crucial. Depois de passada a humilhação, Bárbara decide fazer o que sempre foi especialista: fugir, começar de novo em outro lugar.
Sempre fui o tipo de pessoa que se arrepende de ser grosseira, que jamais é ignorante com ninguém de propósito, que tem aversão a magoar as pessoas. Eu teria entendido, por mais difícil que fosse, eu teria apoiado.
Isso parece algo saído da minha boca...
Babi então se muda de SP, onde trabalhava, morava e pretendia viver feliz e casada com Miguel, de volta para a cidade onde cresceu, no Sul. Depois de passar por um período de fossa, onde só queria chorar, quebrar coisas e ficar trancada no quarto, Bárbara decide que precisa recomeçar e a oportunidade surge quando seus irmãos mais velhos a chamam para morar com eles e alguns amigos. Ela aceita pois já não estava aguentando os cuidados da mãe e então parte rumo ao inesperado, afinal, ela realmente não está super empolgada para dividir um apartamento com 4 marmanjos.
Ian fechou a porta e deu  volta no carro, se posicionando atrás do volante e engatando a ré. Existia alguma coisa muito sexy em ver um homem realmente bonito dirigindo, ou eu é que era meio tarada?
Err.. 2ª opção, Babi... 
Surpreendentemente, o que Bárbara encontra no apartamento é um lugar organizado, limpo e um proprietário que mexe com os nervos dela pois além de lindo e com fantásticos olhos azuis, Ian parece não fazer outra coisa além de perturbá-la.

Pra começar a comentar alguns aspectos, devo explicar que adorei os irmão de Bárbara assim que os conheci (lá no casamento fail). Augusto é médico e é todo superprotetor e nervosinho - não mexa com ele ou sua irmã se não quiser levar uns socos. Gustavo é arquiteto e é mais sensível, mas também não admite que sacaneiem sua irmã. Os outros dois moradores são Bernardo, um delegado super boa pinta e tranquilo e Ian, que é médico, maravilhoso e tem tudo que uma garota quer, mas não deveria - sua fama de pegador o precede /dessas/. Assim que Babi se muda, fica sabendo sobre as principais regras da casa e obviamente, descumpre todas porque é isso que trás emoção para nossa vida /brincando com o fogo/.

A leitura é extremamente agradável e gostei muito da narrativa leve, descontraída e cheia de diálogos divertidos. É muito legal acompanhar Bárbara lidando com as novidades da vida [e do ]. O nível de testosterona não fica excessivo porque Bárbara logo encontra uma nova amiga na figura de Vivian - que ela chama de Barbie Malibu - a irmã mais nova de Ian, e a amizade das duas é uma coisa fofa e eu lembrei das minhas amigas! Na verdade, rolou muita identificação com esse livro. Babi, apesar de muito diferente de mim em alguns aspectos, tem outros traços de personalidade que eu super me identifiquei e acho que quando lemos algo onde rola identificação e afinidade, acaba que curtimos ainda mais a trama.
Eu não podia negar que ele tinha argumentos, mas isso não queria dizer nada, eu só era meio burra, qual é? Era crime ser tapada nesse país?
Tem um certo detalhezinho muito óbvio assim que começamos a leitura - narrada por Babi - mas que a própria se recusa a enxergar. Isso sempre me deixa um pouco irritada em narrativas de 1ª pessoa, mas acho que é um recurso comum e não chega a ser algo ruim porque a trama tem uma boa fluência e mesmo com a Babi sendo tapada não fica uma coisa forçada. Fiquei impressionada com o tanto de acontecimentos e reviravoltas que ocorrem durante o livro.

O que senti durante a leitura foi que o livro é uma mistura de todos os clichês que nós já esperamos de uma comédia romântica - mas não pense que digo isso de forma depreciativa - sabe quando a gente lê algo e percebe que é clichê, mas mesmo assim a gente vê que é tão bom que não precisa mudar? Foi esse tipo de sensação, esse tipo de clichê. Um clichê bom. De fato, o livro tem muitos elementos que nós já vimos por aí - desde características dos personagens até as situações enfrentadas - coisas que nós esperamos desse tipo de livro (ou filme), mas isso tudo só o torna mais interessante porque a autora conseguiu transformar o lugar-comum numa trama encantadora e totalmente cativante e acho que é isso que espero quando estou lendo um livro! Adorei a leitura e super recomendo pra quem gosta de tramas jovens, frescas e bem vida-real. Lembrei muito da época que eu lia fanfic - e digo isso com o melhor dos sentimentos pois foi uma época muito boa de leituras.

Do meio para o fim do livro a história vai ficando tão gostosinha que eu não consegui parar de ler e praticamente não dormi para concluir! Babi passa por cada uma... Chorei, ri, me emocionei.. Uma maravilha! E o que falar de Ian, esse cara que só existe no papel mas que me deixou sem ar?! CÉUS!!! Ian é a mistura de tudo que a gente gosta num protagonista masculino: ele é gentil mas firme, é lindo mas é humilde e ele é apaixonado e intenso e eu REALMENTE quero um pra mim. Fiquei apaixonada por esse rapaz! Suspirei muito enquanto lia esse livro e fiquei espalhando por aí a delicinha que ele é (o livro... E o Ian também!)

Então, estou indicando esse livro pra vocês e a partir de agora ficarei de olho no que a Raiza escrever porque já vi que ela é meu estilo de escritora! Uma ótima surpresa que a Pandorga me preparou porque eu não sabia do lançamento do livro, mas ele é exatamente o tipo de livro que gosto de ler! Além disso, a editora está de parabéns porque o livro está lindo, muito bem revisado e editado - só achei um errinho de revisão e as vezes leio alguns livros nacionais com tantos problemas neste quesito que vale ressaltar esse quesito. Quem já leu?

2 comentários:

  1. Ok, sei que faz séculos que não comento por aqui (Shame On Me TOTAL), mas assim que eu vi que você tinha postado a resenha de ''O Garoto dos Olhos Azuis'' eu parei tudo o que estava fazendo e vim aqui ler (sim, literalmente parei de fazer tudo... HAHAHA).

    Eu fiquei de olho neste livro desde que vi ele sendo anunciado para ser lançado - só não me lembro aonde foi, pois tenho certeza que a Pandorga não fez exatamente uma divulgação massiva sobre ele. É. Eu nem sabia direito do quê a história se tratava - mas o nome e a capa deles me chamaram MUITO a atenção.

    E, sério, eu já estou rindo (e extremamente irritado) só de imaginar a situação toda da coisa do casamento... Será que o noivo e a ''amiga'' (entre aspas mesmo) não poderiam ao menos ter cancelado as coisas ANTES da cerimônia começar? Que sem noção estas criaturas! XD

    E super entendi o lance do clichê. O problema não é usar eles, e sim NÃO saber como usá-los e como fazer eles atrativos. Afinal, se o clichê é clichê, ele assim se tornou justamente por já ter acontecido muitas vezes, não é mesmo? E este livro parece ser justamente o tipo de clichê que eu gosto! '')

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  2. Achei a história do casamento bem incômoda, mas depois continuando a ler a resenha, e ler: "Depois de passar por um período de fossa, onde só queria chorar, quebrar coisas e ficar trancada no quarto", coisa que eu particularmente acho bem ridículo de se fazer, até que a história parece começar a ficar interessante. Gostaria de ler o livro e tirar minhas conclusões depois.

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