Eu Li: Instructions for a Broken Heart

Instructions é o novo livro YA da autora Kim Culbertson que será lançado oficialmente em maio. Ele é narrado em terceira pessoa e gira em volta de Jessa, uma garota que está no ultimo ano e faz uma viagem com o grupo de teatro para a Itália. A viagem dos sonhos, que ela planejava aproveitar com o namorado – também do grupo – Sean. Isso se ela não o tivesse flagrado a traindo com Natalie, a garota que agora aproveitaria a viagem que ela sempre sonhou ao lado de Sean.

Então, apesar do coração partido, Jessa não desiste de viajar e aceita ir para Itália com a turma, mesmo tendo que conviver com o ex e a atual namorada gostosona dele. Pra que ela não ficasse a viagem toda se lamentando, a melhor amiga dela, Carrissa (que não vai) prepara um envelope com bilhetes com as 20 razões pelas quais Sean é um babaca total. A viagem duraria 10 dias e então Jessa deve ler dois bilhetes por dia e seguir as instruções que Carissa escreveu para ela fazer. Coisas que sem um 'empurrãozinho' ela não faria de jeito nenhum. 

Durante a viagem a gente vê Jessa se meter em cada problema por seguir as instruções da amiga! Percebemos que Carissa foi bem intencionada, mas ao mesmo tempo tinha intenções egoístas e é bem interessante ir descobrindo aos poucos varias coisas envolvendo as personagens. E é notável o crescimento de Jessa durante a viagem.

Jessa começou a trançar o cabelo molhado, rindo ironicamente para o amigo. Tyler usava uma camisa que dizia "Gênio por nascimento, Preguiçoso por escolha"

O melhor amigo de Jessa, Tyler, também vai a Itália e é o encarregado de se certificar que ela vá mesmo fazer as instruções. Eu passei a maior parte do livro pensando que Tyler era gay – não que em algum momento tivesse dado a entender isso, mas acho que estou muito acostumada a esse papel de melhor-amigo-gay-da-protagonista e ele é tão amigo, tão fofo, interessante, perspicaz.... No entanto ele não é gay e também não é apaixonado por ela, o que foi ótimo, pois foge totalmente do esperado. Eu acho que o Tyler é meu personagem favorito, ele tinha tiradas realmente engraçadas. 

- Ele é um grande covarde que escolheu peitos ao invés de cérebro. Não somente no sentido genérico, os dela são realmente enormes. Eu digo, eles podem até atrapalhar. – Tyler disse.

- Sério. – Dylan Thomas concordou. – Mais que um bocado, é um desperdício de espaço.

- Isso é fofo. Encantador. Vocês dois. – Jessa virou a cabeça em direção ao sol.

-Você devia dar um tapa bem na cara dele – Erika sugeriu, temperando sua lasanha com molho de carne.

- Ótimo. Sim. Você precisa do seu momento. – Dylan Thomas disse, abrindo os olhos.

- Meu momento? – Jessa disse arqueando uma sobrancelha pra ele. Dylan Thomas concordou, cruzando os braços a frente do corpo, sem ter encostado na comida.

- Claro. Quando você o encontrou, você deu um bom tapa nele? Você gritou com ele? Você quebrou alguma coisa dele que era especificamente importante? Um Cd favorito? Um braço?

- Jessa nunca faria uma coisa dessas. - Tyler riu, enquanto comia seu macarrão.

Jessa franziu o cenho. O que ela tinha feito? Quando Carissa rompeu com John Marshall ela encheu o armário dele com anúncios sobre disfunção erétil. (..) Mas o que Jessa fez?

Como grupo da escola de Jessa é pequeno eles fazem o tour com outro colégio e ela acaba conhecendo Dylan Thomas – outro personagem que junto com Tyler solta as melhores frases. Além de uma mulher que é totalmente antipática e odiada por todos (a esposa de um dos professores da outra escola) e uma guia turística muito louca que anda pra la e pra cá com uma espécie de bastão com um sapo como enfeite (?) Jessa também tem um professor que na minha imaginação era uma espécie de Ezra (PLL). Ele é jovem, inteligente, disposto a ajudar, além de bonito, e embora ela não seja uma Aria, eu imaginei o sr. Campbell assim.

Era demais ver Natalie escovar os cabelos loiro branco com uma escova rosa brilhante vezes e mais vezes como se a escova transferisse raios de luminosidade para o cabelo a cada escovada. O cabelo de ninguém deveria ser tão brilhoso quando não estivesse em baixo de um refletor de palco. Serio, deveria existir algum tipo de lei.

Cruella sorriu para ela. Não aquele sorriso estranho e assustador no estilo Coringa-de-Batman, não do tipo Bruxa Malvada. Algo a mais, algo como água. Tão doce, tão triste – junto com algo distante, algo que só podia ser memória. Isso tudo só fez Jessa desejar que Cruella simplesmente tivesse batido nela.

Uma coisa que devo ressaltar é que por se tratar de um livro muito novo, eu adorei as referências. Como a Jessa faz teatro existem muitas referências a clássicos da Brodaway (que eu boiava, mas enfim), mas também encontramos menções a Glee, The Hills, Harry Potter.. Enfim, você encontra de tudo no livro, além da própria cultura Italiana, já que o livro é um tour. Tinha horas que eu bem queria estar nos lugares que eles passam: Florença, Veneza, Roma... Realmente um passeio turístico sem sair de casa (embora eu preferisse ter saido, rs)

O final foi bem surpreendente pra mim e eu me senti a própria Jessa. O livro não é narrado em 1ª pessoa, então dava pra ter noção do que estava acontecendo com todos os personagens, mas no final foram reveladas coisas que eu nunca esperaria e uma me deixou realmente chocada! Ao mesmo tempo, achei bem original e interessante a forma que a Kim explorou isso. Então gostei muito da leitura e ainda fui surpreendida com um desfecho talvez até esperado, mas que eu realmente não notei a possibilidade. Leiam para saber!!

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