Chegar ao fim de uma série tão querida me provoca dois tipos de sentimentos distintos: alivio e tristeza. Alívio porque posso expirar e dizer 'enfim o fim!' e tristeza porque, bem, é o fim! Após acompanhar por cinco livros todas as provações que Ever passou, todos os erros, toda a falta de discernimento, todas as más decisões, chegar ao sexto e finalmente descobrir onde tudo aquilo ia dar é algo admirável.
Em Infinito, posso dizer que as coisas não ocorreram exatamente como eu imaginava e me surpreendi pelo caminho que a autora seguiu. Se você acompanhou todas as resenhas e/ou livros deve ter notado que em alguns momentos era simplesmente impossível vislumbrar uma solução e eu me perguntava o motivo de tudo. Gostei da forma como a Alyson levou a história por um caminho novo, que eu realmente não havia pensado.
Damen. Eu nunca o cito entre os mocinhos prediletos, mas o fato é que eu o amo. O cara merece uma estrelinha dourada. Agora ele não é mais o Damen de
Para Sempre, nem o Eso-chato de
Terra de Sombras, quando entrou numa de 'tenho-que-ser-pobre-para-equilibrar-meu-carma-e-ser-feliz'. Ele encontrou um meio-termo nisso tudo e só o que quer é poder viver o resto da
eternidade em paz com Ever; mas, como nossa protagonista não saber viver sem importuná-lo um pouco, ela o convence que precisam averiguar o caso da velha estranha do
livro anterior. E é isso que se dá o desenrolar da história.
Quem leu, sabe pelo quê Ever anseia desde o livro três. Então, chego ao último livro e fico feliz ao ver que e ela finalmente consegue o que quer... mas descobre que não era bem isso – ou só isso – que queria. O que eu penso? Só podia ser a Ever! E isso é fantástico porque é uma atitude tão a-cara-dela que eu fico feliz em ver que a personagem evoluiu –sim, e muito– mas ainda mantém aquela característica inicial, teimosa, insistente e que nunca está satisfeita!
Achei interessante, pois os acontecimentos que nós achamos ser os primordiais para a conclusão, não se dão só ao fim, e lá pelo meio da historia, o que nós acreditávamos ser a resolução de tudo já está resolvido, no entanto, Ever descobre outras coisas que são mais importantes e decide ir ao infinito e além para solucionar tudo e poder, enfim, ser plenamente feliz ao lado de seu amado Damen.
- Meu destino é estragar sua vida? – ele me lança um olhar de dúvida. – Não sei como devo me sentir a respeito disso.
- Bem, não. Não só isso. Tenho certeza de que há muitas coisas melhores à sua espera coisas que não tem nada a ver comigo. O que eu quis dizer é que talvez nosso destino esteja entrelaçado, sabe? Talvez tenhamos nos encontrado durante todos esses séculos por uma razão que nunca imaginamos...
Esse livro é basicamente sobre uma jornada pessoal da Ever – grande parte da narrativa são os pensamentos dela e vemos menos diálogos. É um livro com menos tensão que os anteriores e mesmo assim ficamos naquela expectativa pelo que acontecerá, se ela conseguirá resolver o que quer. Finalmente posso dizer que passei a gostar mais de Jude. A interação entre os grupos está bem mais visível e gostei de ver outros lados de alguns velhos conhecidos. Mas ainda senti falta de Miles e das gêmeas – que sempre acrescentam graça ao aparecerem.
Pra quem acompanha, sabe que não é fácil eu chorar com um livro e eu CHOREI com esse! Chorei antes do fim, quando Ever conseguiu resolver uma coisa que me incomodava há um tempinho – me sensibilizei– e chorei com o FIM. Eu gostei que o livro não tem um epilogo (eles me deprimem mais) e mesmo assim chorei demais com a conclusão de tudo.
Como balanço, estou muito satisfeita com o fim da série... Em alguns momentos as coisas ficaram tensas e sei que teve gente que desistiu, mas considero uma série que vale a pena dar uma chance, ainda mais para se surpreender com as diversas reviravoltas no enredo. O fim foi bonito, emocionante, esclarecedor e ainda assim, surpreendente.
PS: Uma observação especial a essa capa! A serie, como um todo, tem capas TOTALMENTE significativas para o enredo. Sei que a maioria dos livros se preocupam com isso, mas nesse caso acho legal ressaltar porque as capas são lindas e sempre trazem uma mensagem relacionado a algo do livro em questão. A Intrínseca arrasou ao mantê-las!