Eu Li: Um Caso Perdido (Hopeless) + Promoção

Eu fiquei louca para ler Hopeless assim que soube que a Galera iria lançar. O livro é da mesma autora de Métrica e apesar deste estar na minha fila e eu ainda não ter lido, só ouço coisas boas a respeito. Acabei conhecendo o trabalho da Colleen Hoover por uma novela que ela tem na Amazon, que vem a ser uma especie de continuação deste livro (mas quando eu li nem sabia...), Finding Cinderella, que é com outros personagens centrais, mas também mostra Holder e Sky. Alias, achei este livro lindo e adorei a escrita da autora! Finalmente a Galera lançou Hopeless e eu recebi para ler e resenhar. E foi o que fiz, aproveitando o recesso. Eu já tinha altas expectativas em relação a essa história porque meus amigos que leram e falam dele, só dizem maravilhas. É ótimo ler e comprovar que o que falam é verdade, e não se frustar por esperar demais.

Um Caso Perdido é narrado por Sky. Ela tem 17 anos e está prestes a estudar uma escola-de-verdade pela primeira vez na vida. Sky foi educada pela mãe adotiva, em casa e após muita insistência, conseguiu convencê-la a deixa-la fazer o ultimo ano num colégio. A mãe de Sky é um pouco exótica e não aceita aparelhos eletrônicos de comunicação. Elas não tem televisão, ou computador nem celular! Apesar disso, Sky tem uma ótima relação com a mãe. Ela tem uma melhor amiga que é sua vizinha, Six, e as duas vivem 'invadindo' a casa uma da outra - afinal, pelo menos na casa de Six ela pode ver filmes e usar a internet!
Na nossa casa é tudo sem açúcar, sem carboidrato e sem sabor, graças ao estilo vegano e não convencional de Karen.
Só que Sky tem uma surpresa quando Six avisa que irá fazer um semestre de intercambio na Itália e ela vai realizar o grande sonho de ir para a escola sem a melhor amiga. Mas Sky não fica se lamentando e continua firme na ideia de estudar junto com outras pessoas, ainda mais porque isso a dará créditos para se candidatar a universidade que quer.
Six jamais gostou de acordar cedo e, pelo jeito, também não fica muito alegre de tarde. Pra ser bem sincera, também não fica muito contente durante a noite. Se tivesse de adivinhar em qual horário Six fica mais agradável, eu diria que é quando está dormindo. Vai ver é por isso que ela odeia tanto acordar.
#aquele_momento_de_identificação_com_Six
A primeira impressão que a gente tem de Sky é que ela é uma garota um pouco devassa. Apesar de se manter virgem, ela e Six costumam sair com os garotos e deixá-los se divertir um pouco e isso acaba fazendo com que ela tenham uma fama de fácil. Apesar desse lado quero-aproveitar-a-vida, Sky também tem pontos com que me identifiquei, como por exemplo, ela adora ler - mas vejam, ela não tem tv nem internet, logo, ela PRECISAVA mesmo ser uma leitora voraz! Além de ler muito, Sky também é adepta da corrida - e eu acho isso muito legal e saudável, apesar de não praticar.
Cheguei a acreditar que as pessoas só se comportavam assim nos livros, mas estou testemunhando em primeira mão que gente idiota existe de verdade.
Logo no inicio das aulas, Sky percebe que a escola não é aquela maravilha que ela pensava e descobre que o ensino médio pode ser SIM como o que lemos nos livros - um verdadeiro inferno astral. As meninas da escola a tratam mal e devido a fama de Six, ela acaba incluída no pacote. Por sorte, ela acaba fazendo um grande amigo logo no primeiro dia, e esse amigo, Breckin é provavelmente meu personagem favorito, embora, incrivelmente, eu goste de todos os personagem deste livro! Eles todos são tão cheios de camadas, tão reais, tão envolventes.
— Você gosta de ler? - pergunto, apontando para o livro que aparece no topo de sua mochila. Não é um livro didático. É um livro-livro. Algo que eu pensava que essa geração de monstros da internet desconhecia. [...] — É de que gênero? E, por favor, não diga ficção cientifica.
[...]
— Que importância tem o gênero, se o livro é bom? - pergunta ele.
Olha como Breckin é fantástico. Eu amo livros-livros.
Por um destes acasos da vida (que vejo muito nos livros e nunca na minha vida), Sky acaba conhecendo Holder, um cara com um passado problemático na escola e que havia passado o ano anterior morando em outro lugar. Os dois acabam se aproximando por uma série de coincidências da vida e descobrem que tem mais em comum do que esperavam. Adoro que eles tem umas interações bem legais no inicio e é incrível como eles tem química! Com o envolvimento, eles acabam descobrindo mais sobre si mesmos, sobre como encarar as descobertas do presente, os fantasmas do passado e os desafios do futuro.

Eu separo o livro em duas partes. A primeira parte é bem divertida e é quando conhecemos a vida de Sky, suas amizades e também quando ela começa a se envolver com Holder. Eles começam de forma improvável, mas rapidamente se envolvem, de uma forma muito fofa e intensa. Foi uma parte do livro que curti muito. Nós notamos que eles tem alguns segredos, mas isso é apenas um vislumbre do que está por vir.  A segunda parte é a que eu considero mais dramática e profunda, quando vamos descobrindo que segredos são esses, que afetam a vida de ambos, de maneiras únicas. Acho que a autora trabalhou muito bem as questões pessoais dos protagonistas. Embora eu não concorde com todas as atitudes em alguns momentos, achei que eles foram bem fieis a personalidade que mostraram. Toda a narrativa é envolvente e prende o leitor à trama - eu quase não parei de ler. Tão boa que a gente nem nota as páginas passarem.

Assim que juntei as pistas e descobri sobre o que se tratava, dei um grito de terror. E então chorei. Mas muito mesmo. É um assunto bem complexo e ainda assim, foi tratado de uma forma direta e ao mesmo tempo, sensível por parte da autora. Por conhecermos tudo pela visão de Sky, me senti bem próxima ao que ela viveu e isso torna tudo mais intenso. 

Li o livro sem ter a menor ideia sobre do que se tratava o enredo e fui muito surpreendida pela torrente de emoções que senti. Eu só consigo escrever sobre como este livro é especial e o quanto eu desejo que mais gente o leia e conheça essa história. É realmente linda, emocionante, desafiadora, surpreendente além de nos mostrar uma realidade triste, mas que muitas pessoas passam e a leitura também nos dar a esperança de que as coisas podem melhorar, não importa o quanto a vida já tenha nos feito sofrer.

Recomendo mesmo a leitura e estou super ansiosa para ler o livro dois, que é narrado pelo Holder e conta vida dele antes e também as coisas que passou com Sky. A Galera Record irá lança-lo, assim como Finding Cinderela.

Sorteio

Para que você conheça essa história, em parceria com a Galera Record, estarei sorteando um exemplar do livro! Participe muito e garanta suas chances!!

Eu Li: A Garota Certa (She's the One)

Esse é o quinto livro da série Girl ♡ Boy, da Ali Cronin, lançado pela editora Seguinte, cujo os livros anteriores já foram todos resenhados aqui no blog. É uma série que realmente adoro! Os amigos, o modo de escrever da autora, o cenário... A série segue uma linha do tempo, mas como cada livro é sobre um dos amigos, imagino que não tenha problema ler sem acompanhar – mas como eu disse, existe uma sequencia de acontecimentos que se você acompanhar os livros na ordem, ajuda a se localizar. Vou deixar aqui o link dos livros anteriores e avisar que a resenha pode ter alguns spoilers (nada muito revelador). Nada é para SempreDizem por AíTrês é DemaisLições de Amor.
Eu sempre gostei do Ollie e já esperava que fosse gostar muito desse livro, mas eu realmente não esperava que ele fosse se tornar meu livro favorito da série! Ollie é muito amor, gente! Ele sempre foi aquele amigo para todas as horas e eu sempre gostei dele nas narrativas dos demais amigos. Alem disso, eu esperava ansiosa pela continuação de algo que nós ficamos sabendo lá no 1º livro da série e eu queria saber onde aquilo ia dar. 

Oliver Glazer sempre foi o menino mais bon-vivan do grupo (ui, to me sentindo uma senhora escrevendo essa resenha de livro young-adult), quero dizer, sempre foi uma rapaz que levara uma vida libertina (ok, não estou melhorando), mas apesar dessa faceta descompromissada e livre, quem acompanhou sua trajetória sabe que ele nutre um apreço por uma colega e neste livro nós finalmente vemos essa história desenrolar – e vou contar... É muito lindo e digno de suspiros e fortes emoções. #aimeucoração.
Não vá”, falei. “Fique comigo. Viveremos de bacon e paixão.”
“Hmmm, tentador”, ela respondeu, sorrindo. “Mas preciso começar o trabalho de história da arte que deveria ter acabado ontem.”
Citando porque super me identifiquei.
Eu não ligaria nada de viver de bacon e paixão... que sonho!
Fiquei feliz em ver que finalmente Ollie estava tendo sua chance com a garota dos seus sonhos e obviamente fiquei saltitante quando vi tudo fluir entre eles! MAS, como nem só de alegrya & osadya vivem-se até nos livros, logo aparecem alguns empecilhos pra atrapalhar meu casal favorito e aí foram momentos de muito choro e muito drama. O incrível é que a maior parte desses problemas nem estão relacionados a um triângulo e sim a problemas que Ollie tem internamente, devido a conflitos familiares e a vida que levava anteriormente – e existe um motivo bem legal pra essa vida que ele levava, ao melhor estilo Carpe Diem

Uma das coisas que mais gostei neste volume foi o desenvolvimento das relações familiares de Ollie – na verdade, toda a série é assim... A gente acaba sabendo mais sobre os dramas internos do protagonista, não só a vida entre amigos. A mãe de Ollie tem um problema bem sério de depressão e isso causa alguns problemas pra ele, ainda mais porque a relação entre os pais dele não é nada saudável, o pai dele é um desnaturado e ele não tem a quem recorrer. Se no livro anterior, não consegui me compadecer pelos problemas de Donna com o pai, neste fiquei totalmente do lado de Ollie e acho que a autora foi de uma sensibilidade enorme ao escrever sobre o assunto. Me fez realmente sentir o drama da situação e entender completamente o personagem. Me fez chorar muito também, até mesmo porque Ollie tem tantos problemas que lendo o livro você cria admiração porque ele é sempre tão alto-astral durante a série mesmo com tudo pelo que passa. 
Uma droga. O sol era um saco. Não tinha nada que brilhar quando eu estava me sentindo assim.
Eu acho uma droga quando estou mal e sol está lá radiante... um abuso na verdade! #apoiadoOllie
As partes mais tocantes, a meu ver, foram as relacionadas a Ollie e a mãe e as partes relacionadas ao romance de Ollie com Sarah foram bem fofas – se a gente desconsiderar as partes de drama. Adorei os dois juntos e eu shippava tanto que já estava na hora! Demora a acontecer, mas é tudo lindo e as coisas tem uma explicação tão boa que mesmo dando raiva de um ou outro duraante o enredo, a vontade é só torcer pela felicidade de todos. 
Não saber não era exatamente uma benção, mas era melhor do que saber que estavam transando feito colhos e que Sarah estava completamente apaixonada por ele. Em última análise, preferia me manter em negação.
É bom também acompanhar os outros amigos, mesmo quando eles são plano de fundo. A gente vê como está o relacionamento de Ash e Dillan, Donna e Will, Cass e.... 

Então, super recomendo a leitura e acho que se você ainda não começou a série, é melhor não perder tempo!!! Uma coisa que ainda não consigo aceitar é o fato de que não terá um livro do Jack (outro de meus favoritos)... Eu meio que esperava que Jack ficasse com outra pessoa e pelo visto isso não acontecer, mas ainda há alguma esperança pois o último livro da série vem aí e embora seja narrado novamente por Sarah, as coisas ainda podem mudar para todos. Mal posso esperar pelo próximo lançamento da série e já digo isso com sentimento de saudades...

Eu Li: A Escolha (The One)

A Escolha é o último livro da querida trilogia A Seleção, da Kiera Cass, lançado pela Editora Seguinte. Admito que eu demorei um pouco pra engrenar a leitura, mas fiz isso porque acho que não estrava preparada para o final (fins de séries são sempre emocionantes e embora eu goste de finalizar, fico com aquela sensação de que acabou para sempre). Mas não podia mais protelar e apesar de ter lido muita coisa na época do lançamento, fui bem surpreendida por alguns rumos da história. A resenha está sem spoilers, então leiam sem moderação!

O livro começa logo após o final de A Elite e quem leu o anterior, sabe que America esta cheia de planos máléficos para conquistar de vez o príncipe Maxon. Mas obviamente que temos toda uma história para concluir e a conquista não é o único ponto em questão. Maxon ainda está cozinhando as 4 remanescentes em banho-maria e isso deixa America cada vez mais insegura. Junto com isso, ainda há os problemas relacionados ao país, ao sogro rei tirano e a Aspen, que continua rondando a vida de nossa indecisa protagonista. 

Esse livro foi muito emocionante e assim como no anterior, me fez chorar em diversos momentos - acho que ando numa fase de hipersensibilidade, mas esse livro realmente tem partes pra fazer chorar! Acho que apesar da indecisão, America parece bem mais segura em relação ao que quer neste livro. Em compensação, novamente Maxon me fez duvidar um pouco de seu amor por America. Sei que tudo é um reality show, mas ele as vezes parecia mais inseguro do que ela, e não gosto dessa coisa de uma pessoa como plano B para o caso da pessoa que você realmente quer não esteja disposta a se envolver. Mas como eu sempre digo, acho que isso iguala as coisas entre os dois porque tanto ela quanto ele tem essa besteira de manter outras opções por perto!

Uma das coisas mais legais deste livro, além do romance, foi a evolução do companheirismo entre as garotas. Como só restaram quatro, a gente vê mais interação entre elas e eu adorei conhecer um lado da Celeste que ainda não tinha sido mostrado. Gostei muito do modo que a autora desenvolveu isso e incrivelmente, acabei gostando mais da personagem do que achei que seria possível. Também gostei de como a autora trabalhou a questão da distopia.
— Você não consegue planejar uma guerra, não sabe cozinhar e se recusa a escrever cartas de amor... - provoquei.
Muita gente critica essa série por ela ser chamada de distópica mas ter um fundo de romance que se sobressai muito mais do que a questão social do enredo na verdade, nunca achei isso um problema porque sempre vi a série como um romance com fundo distópico (não o contrário) e nunca esperei muito desenvolvimento dessa parte - tanto que as partes de ação, sempre são o plano de fundo de algo para desenvolver a relação entre os protagonistas. E apesar de ter muito #mimimi acredito que o relacionamento Maxmérica foi bem desenvolvido... Não concordo com algumas coisas que eles fizeram, mas acho que dentro do contexto do livro, fazem muito sentido.
 Vamos ser claros: ninguém concorda com você.
— Vamos ser claros: eu não ligo.
adoro quando eles batem de frente!
Acho que pra quem gosta dessa parte da ação, esse livro ficou bom porque tem momentos bem tensos relacionados a isso, mas também digo que ler esse livro (ou a série) esperando muito dessa questão não é o ideal.... Eu adorei o livro! Acho que foi um ótimo final de série e apesar de não ter curtido alguns acontecimentos - por achar cruel e/ou desnecessário - não consigo pensar em uma forma melhor de finalizá-la.
— America, sua cabeça está cheia de más ideias. Ótimas intenções, péssimas ideias. - ela comentou, compreensiva.
Se você ainda não leu, faça isso assim que possível! O final em si nem me surpreendeu tanto - acho que a maioria já esperava por ele - mas os acontecimentos durante o enredo são bem emocionantes e valem a leitura! Mal posso esperar pelo próximo trabalho da Kiera, porque realmente gosto de como a autora escreve.

Eu Li: Recomeço (Revived)

Recomeço é o segundo livro da Cat Patrick a ser lançado pela Intrínseca. Eu já havia adorado o trabalho da autora no primeiro livro, Deslembrança (resenhado aqui) e quando soube do lançamento, logo pus na minha fila de leituras. Ele estava aguardando e quando peguei pra ler, foi de uma tacada só: li em algumas horas. E vou logo dizer, chorei muito. Chorei demais. Chorei como eu não achei que fosse possível chorar lendo este livro. Vamos ao resumo, sem spoilers - apesar dessa minha revelação de que sou uma margarina derretida.

Daisy é uma adolescente que não tem uma vida muito convencional. Quando pequena, o ônibus que a levava para a escola caiu de uma ponte e ela morreu. Acontece que nesta época houve o desenvolvimento de uma nova droga capaz de ressuscitar pessoas (o recomeço) e os passageiros desse ônibus acabaram servindo de grupo de teste para o medicamento. O problema é que depois disso, Daisy acabou morrendo outras vezes porque... a garota simplesmente tem propensão a sofrer acidentes! Daisy era órfã e com isso, acabou indo morar com dois dos pesquisadores do tal programa e como tudo se trata de um evento supersecreto com aprovação do governo, cada vez que Daisy morre, acaba tendo que mudar de cidade e sobrenome com sua família fictícia.

O livro começa com Daisy morrendo novamente e então tendo que começar uma nova vida em Nebrasca. Ela está no penúltimo ano do ensino médio, mas diferente de muitos adolescentes, Daisy é muito bem resolvida (talvez a coisa de morrer e reviver deixe as pessoas mais seguras!) e não faz dramas em relação as mudanças de escola ou amizade. Digamos que ela  vive assim há tempo demais e esta acostumada a não se apegar demais as coisas ou as pessoas.

O livro tem uma narrativa bem ágil em primeira pessoa e eu já esperava isso pelo outro livro da autora. Gostei bastante da personalidade de Daisy porque ela tem 15/16 anos mas não é dramática nem rebelde ou ressentida, e vivendo como ela vive, acho admirável. Mason, a figura paterna de Daisy (e um dos pesquisadores do programa) é um dos 'pais' mais legais que já li em YAs. Adorei a relacão deles e o fato de que ele é uma figura bem presente no enredo e o achei fantástico.

Logo no primeiro dia de aula na nova escola, Daisy conhece Audrey, uma garota que apesar de parecer essas meninas populares e fúteis acaba se tornando uma amiga de verdade. A amizade das duas se desenvolve rápido, mas daquela forma totalmente compreensível, como acontece com as amizades, na adolescência ou depois dela. Um dia você conversa com a pessoa e quando notam já são bff! Na escola, Daisy também acaba se interessando por um garoto, Matt, e quando ela descobre que ele é irmão dessa amiga, as coisas ficam ainda melhores. Junte a isso alguns mistérios sobre o funcionamento do programa Recomeço e voilá, temos romance, amizades e aventura!
Arrumei uma melhor amiga e um namorado, e por mim tudo bem eles terem o mesmo sobrenome.
- E o que você toca?
- A campanhia, quando vou visitar alguém. - brinca Matt.
- Não, sério. - digo, dando um empurrãozinho nele.
Eu vou usar essa, aguardem! Hahahhaha
Uma coisa que gostei bastante no enredo é que a autora tratou de um tema que a gente nunca vê m livros YAs - de uma forma totalmente comum e sem afetação. Uma das crianças do ônibus, que acaba virando melhor amiga-irmã de Daisy é uma criança transgênero e isso é falado de uma forma tão sem abalo que eu achei muito legal! Claro que esse nem é o foco principal e acaba não tendo muito aprofundamento, mas achei interessante a autora fazer referencia ao assunto e principalmente, por não fazer disso um grande caso. É legal porque chama atenção pra uma causa e ainda assim não fica levantando bandeira nem nada. É tratado como algo da vida, que acontece e a vida segue (o que de fato é).

O livro também acaba abordando um assunto bem complexo e tocante e não vou entrar em detalhes por conta dos spoilers - e quero que você leia e se surpreenda como eu. Acho que pela sinopse, você não imagina que vá encontrar numa leitura dessas, o que eu encontrei e me emocionou tanto. Eu chorei não só pelos acontecimentos, mas pela forma que a autora escreveu. Ouso dizer que neste livro li algumas das coisas mais tocantes m relação a morte (e a adeus e recomeços) que já li - o que chega a ser irônico porque a protagonista já morreu tanto que nem deveria mais ter mistério! Mas Daisy diz umas coisas bem interessantes sobre o assunto e realmente achei incrível.
Porque quando alguém morre - morre de verdade -, coisas como a sua aparência não importam mais.
Na verdade, o que ninguém nunca me contou é que nada mais importa.
Acho que não preciso dizer, mas recomendo muito a leitura. Por trás de toda a trama de conspiração que envolve o programa e as mortes, fiquei encantada principalmente com a amizade entre Daisy, Audrey e Matt. Romances me deixam comovida, mas histórias de amizade fazem isso em dobro. O final do livro me pareceu um pouco corrido, mas não vejo outra forma de finalização, então eu gostei (embora eu fique pensando que até daria pra fazer uma continuação!). Adorei o enredo, os personagens e os acontecimentos. Cat realmente está na minha lista =^.^= Acho que todos merecem ler e se surpreender com essa trama, então, acho que todos deveriam ler!
De algum modo, sei que vamos nos entender de novo em algum momento, então minha dor é o sussurro baixo de uma separação, e não o grito estridente da partida.