Eu Li: A Verdade Sobre Nós (The Truth About You & Me)

A Verdade Sobre Nós é o primeiro livro da Amanda Grace que a editora Intrínseca lança. Eu quis ler assim que soube que seria lançado por aqui. Pra quem não sabe, Amanda Grace é um pseudônimo da autora Mandy Hubbard - que eu li Faça Seu Pedido e simplesmente me diverti horrores. Pelo que entendi, A Mandy usa o próprio nome nos livros mais leves e Grace para os livros com maior carga dramática. Eu adorei a escrita dela em FSP então queria conferir essa faceta mais adulta em A Verdade...

O livro é narrado em forma de carta e quem escreve esta carta é Madelyn Hawkins, nossa protagonista. A carta que ela escreve é direcionada a Bennet Cartwright e o motivo da carta é explicar a verdade sobre o (curto) relacionamento que eles tiveram. Então, começamos a leitura com Maddie escrevendo e relembrando como tudo aconteceu, desde o momento em que conheceu Bennet até a atual situação deles (onde ela escreve a carta). É como se nós estivéssemos lendo essa carta.

Madelyn está no Ensino Médio mas participa de um programa chamado Running Start que leva estudantes do Ens. Médio para fazer algumas aulas na faculdade e assim concluir o EM e ao mesmo tempo 'se adiantar' no curso que pretende cursar. Como esse programa sugere, Maddie é bem inteligente mas a gente sabe que nosso nivel de QI pode não significar nada em se tratando de amores [adoro_um_drama].

Logo no primeiro dia de aula ela conhece o professor de Biologia (vocês tem que admitir que existe algum fascinio em torno de aulas de Biologia), Bennet e se encanta por ele. Obvio que ela não esperava que ele também fosse demostrar algum interesse, mas é isso que acontece, logo na primeira semana. Mas Bennet está longe de ser um predador, pelo contrário, ele é todo certinho e logo que percebe que esta-rolando-um-clima-com-uma-aluna ele poe limites no relacionamento deles #chatiada.
Foi assim conosco. Um dia, éramos pessoas separadas. No seguinte, nos esbarramos e nenhum de nós teve a menor chance.
Uma ajudinha do destino (num desses raros momentos que o universo parece conspirar a nosso favor - ou no caso dela, parece por lenha na fogueira pra ver tudo queimar) e os dois começam a se encontrar fora das aulas, mas sempre mantendo tudo num nivel muito amigo. Bennet sabe os riscos que corre caso se envolva com uma aluna, então estabelece um prazo - o fim do semestre e das aulas na facul - para que eles possam se relacionar e-fe-ti-va-men-te, se é que vocês me entendem. E gente, quando digo isso, não pensem besteira! Eles nem se beijam e eu só ficava sentindo a tensão pelo ar quando eles estavam juntos e nem um beijinho podiam dar. ô_vida
Eu nunca havia me sentido espirituosa, sabe? Sempre me achei inteligente, mas jamais esperta, jamais espirituosa. [...] Mas você me transformava. Fazia eu me sentir inteligente, engraçada e ousada.
Mas é claro que durante todo esse tempo, Bennet nem imagina que Maddie é na verdade uma estudante do ensino médio menor de idade porque ela não chega a contar este pequeno detalhe a ele. A carta que ela escreve tem a intenção de explicar a ele porque ela nunca contou, porque ela realmente faz planos quanto a isso, mas não chega a realiza-los (Eu total entendo, se eu tivesse que esperar 4 meses pra beijar alguém eu não ia falar nada que pudesse comprometer esse fato. #EvellynSemCesura).
É possível esperar um dia com uma ansiedade constante e esmagadora.... e temê-lo quase na mesma proporção?
O mais legal é que durante a carta, a gente conhece muito da personalidade de Madelyn e dá pra entender as motivações dela (ou não). Maddie se sente muito pressionada pelos pais a ser 'a filha perfeita' e o fato de ter sido criada desde sempre com esse estigma acaba um dia fazendo a garota querer explorar outras facetas. Gostei muito de como a autora desenvolveu o relacionamento de Madd com a família porque acho que toda a questão familiar pesou muito nas atitudes delas. No fundo, ela só queria se libertar. Sair um pouco das amarras e fazer algo por si mesma e não o que esperavam dela. O lado negativo disso é que com a atitude que ela tomou, acabou arruinando a vida do pobre (e lindo) Bennet.
É difícil decidir o que ser quando você só se destaca naquilo que não quer ser. Essa era minha vida. Em preto e branco. E eu desejava cor.
Por ser em forma de carta, o livro tem uma narrativa continua e as passagens são separadas por marcadores (não por capítulos). Eu gostei bastante do desenvolvimento e fiquei bem chateada com o final de tudo. Fica claro desde o inicio (pelo teor da carta e o modo como ela se explica) que as coisas não terminaram bem, mas eu sou o tipo de pessoa que sempre torce pelo AMOR e acha que se tem amor no meio, as coisas TEM que dar certo, entende? Então, apesar de ter gostado porque a autora fez um final bem 'real' também fico sentida pois não foi o final 'ideal' que eu torcia.

Se você me perguntar se eu recomendo a leitura, vou dizer que depende muito do seu momento. O livro tem uma temática simples, embora um pouquinho polêmica devido as circunstancias. Eu gostei muito da história como um todo e devo dizer que me identifiquei muito com a protagonista (acho que é toda essa questão ilusória do amor, da idealização), com as angustias e atitudes tomadas. Mas definitivamente não é um livro 'simples'  de gostar. Acho que deve-se um pouco ao estilo da narrativa, que não é tão cativante assim que você começa a ler e a carta toda tem um jeito meio melancólico - quando você sabe que esta lendo sobre algo que vai dar errado; e um pouco por conta da protagonista, que pode parecer inconsequente e imatura. Eu não achei isso porque acabei me identificando (#confessin), mas realmente não é um livro que vai agradar a todos. O plot é muito bom, mas essa forma diferente como ele é contado acaba deixando-o menos cativante do que poderia.

Espero ter ajudado você a se decidir quanto a ler ou não este livro com a minha resenha! Se você já leu, comente comigo o que achou!

2 comentários:

  1. Evellyn, eu realmente não tinha intenção nenhuma de ler este livro... Eu já tinha visto a capa milhares de vezes antes, mas eu olhava, pensava - nossa, vai ser um dramalhão onde no final alguém descobre que está doente e/ou morrendo e pronto (julgando livros pela capa altamente, eu sei. LOL), e deixava para lá... Mas a sua resenha me fez voltar a atenção para ele. Tipo, eu não sabia que ele era escrito em formas de carta e nem sabia que ele tinha toda esta temática ''polêmica'' entre um cara mais velho e garota mais nova + estudante e professor.

    Sério mesmo, já estou colocando ele no pequeno Cassel (AKA Kindle) e agendando ele para ser uma das minhas próximas leituras. Mesmo já conseguindo antever o que vai acontecer, e esperando o que pode acontecer quando a bosta atingir o ventilador. Yeap.

    ps: (...)''Fica claro desde o inicio (pelo teor da carta e o modo como ela se explica) que as coisas não terminaram bem, mas eu sou o tipo de pessoa que sempre torce pelo AMOR e acha que se tem amor no meio, as coisas TEM que dar certo, entende?'' - Acredite, ninguém esperaria algo diferente de você! HAHAHAHA

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  2. preciso comentar: esse cara da capa parece o Junior do Sandy e Junior ou é somente coisa da minha cabeça?????
    é sempre o professor de biologia né? kkkkk
    eu pretendo ler o livro sim, porque gosto deste tipo de temática hahaha
    gostei muito da sua resenha! *-*

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